
A avaliação negativa do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atingiu seu pior patamar desde o início do atual mandato. Segundo a Pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (2), 56% dos brasileiros desaprovam a forma como Lula vem conduzindo o país. Esta é a primeira vez que a desaprovação ultrapassa a barreira dos 50%.
O levantamento foi realizado entre os dias 27 e 31 de março de 2025, com 2.004 entrevistas presenciais em todas as regiões do Brasil. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%. A pesquisa foi encomendada pela Genial Investimentos.
Queda na aprovação
Enquanto a desaprovação cresceu, a aprovação ao governo caiu para 38%, uma queda de cinco pontos percentuais em relação à pesquisa anterior. Outros 6% não souberam ou não responderam.
A queda na aprovação de Lula é generalizada, atingindo diversos recortes populacionais analisados pelo instituto, como região, sexo, faixa etária, escolaridade, renda, religião e raça/cor.
Comparações com governos anteriores
A pesquisa também perguntou aos entrevistados como o atual mandato de Lula se compara com os dois anteriores. 47% consideram que o governo atual está pior, enquanto 35% veem como igual e apenas 15% acreditam que está melhor.
Quando comparado ao governo anterior, de Jair Bolsonaro (PL), 40% disseram que Lula está pior, 36% consideram igual e 22% avaliam como melhor.
Economia pesa na avaliação
O sentimento econômico também influencia a percepção do governo: 47% afirmam que a economia brasileira piorou nos últimos 12 meses. A alta nos preços dos alimentos, combustíveis e contas de energia é apontada como fator determinante por grande parte dos entrevistados. Além disso, 51% relataram dificuldade maior para conseguir emprego em comparação com o ano passado.
Expectativas e programas sociais
Mesmo com os índices negativos, 44% acreditam que a economia pode melhorar nos próximos 12 meses. O programa Bolsa Família segue sendo o mais citado como de impacto positivo na vida dos entrevistados, especialmente entre os que recebem até dois salários mínimos.
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