A taxa de desemprego no país recuou para 9,1% no trimestre encerrado em julho, atingindo 9,9 milhões de pessoas. Esta é a primeira vez, desde o trimestre encerrado em janeiro de 2016, que o número fica abaixo de 10 milhões.
As informações foram divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quarta-feira (31/8), como resultado da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).
Já o índice de recuo é o menor da série desde o trimestre encerrado em dezembro de 2015, quando a taxa também atingiu o patamar de 9,1%.
No levantamento anterior, referente ao trimestre encerrado em junho, a taxa de desemprego estava em 9,3%, atingindo 10,1 milhões de pessoas.
De acordo com o atual estudo do IBGE, o contingente de pessoas ocupadas alcançou 98,7 milhões, recorde da série histórica iniciada em 2012. A alta foi de 2,2% (mais 2,2 milhões) ante o trimestre anterior.
Setores que puxaram a queda
O IBGE apontou duas atividades que influenciaram a queda do desemprego em julho. Nos segmentos relacionados ao comércio e à reparação de veículos automotores e motocicletas, houve acréscimo de 692 mil pessoas no mercado de trabalho (3,7%) em comparação com o trimestre anterior.
Já administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais tiveram incremento de 648 mil pessoas (3,9%).
Rendimento cresce
O levantamento também aponta que o rendimento real habitual (remuneração recebida mensalmente, sem acréscimos extraordinários ou descontos esporádicos) voltou a crescer, após um período de queda, e chegou a R$ 2.693 no trimestre.
O número é 2,9% maior que no trimestre anterior, mas 2,9% menor em relação ao mesmo período de 2021, quando o país ainda sofria os efeitos da pandemia.
O aumento foi puxado pelo rendimento dos empregadores (6,1%, ou mais R$ 369), dos militares e funcionários públicos estatutários (3,8%, ou mais R$ 176) e dos trabalhadores autônomos (3%, ou mais R$ 63).