O deputado estadual Thiago Abrahim (União Brasil) se reuniu nesta terça-feira, 2, com  a Comissão da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) para discutir medidas que possam reverter a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que  torna inconstitucional o artigo 1º da lei nº 2.894/2004, que estabelece a definição de vagas para o nosso Estado.

“O desenvolvimento regional e sustentável passa, necessariamente, pela Educação e passa, sobretudo pela UEA. É de extrema importância que a gente crie uma forma de garantir que o interior do estado tenha o seu percentual garantido. Importante que possamos ver uma forma de superarmos a jurisprudência criada, até mesmo de forma legislativa, e se for o caso para que a gente provoque novamente o tribunal a se manifestar”, disse Abrahim.

O parlamentar, que é presidente da Comissão de Assuntos Municipais e Desenvolvimento Rural e Regional da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), sugeriu que o Sistema de Ingresso Seriado (SIS), atualmente responsável pelo ingresso de 40% dos alunos e o vestibular de 60%, sejam invertidos.

“Desde já sugiro que o SIS, hoje uma grande garantia para estudantes do Estado do Amazonas, tenha ao menos 60% das vagas e que os demais 40% sejam para o vestibular, dando mais oportunidade para nossos estudantes. Isso é necessário, mas precisamos também olhar para a questão dos indígenas. Existem turmas que são 100% indígenas no interior e a gente não pode abrir mão dessas cotas. Eu sou do interior e já vivi isso. É uma luta para a gente conseguir uma oportunidade na vida. E a UEA é essa oportunidade que a gente precisa”, afirmou.

O deputado do União Brasil também propôs que matérias como história e geografia do Amazonas tenham um peso maior no processo de seleção do vestibular da UEA. “O Estado do Amazonas tem um peso maior, porque só vão estudar história e geografia do Amazonas quem está estudando aqui. Em São Paulo, por exemplo, os estudantes de lá não vão estudar a fundo, vai ter “um basicão”, por isso é importante colocar um peso maior para essas matérias, se o for o caso, via legislação”, propôs.

Thiago Abrahim ainda disse que não medirá esforços no Aleam para defender a causa e lutar pelos direitos dos estudantes Amazonenses.

“Acho que é necessário e eu entendo que essa primeira proposta de reserva do vestibular até aumentou para 70 % para as escolas públicas. Antes estava em 60%, mas está muito aberto ainda, e a gente precisa restringir um pouco mais isso para a questão do interior. No caso, a Assembleia, tenho certeza, que todos nós deputados, se necessário, iremos fazer uma legislação para que a gente possa provocar o tribunal a se manifestar. Não tem como a gente comparar a educação da capital com o interior. É muito inferior devido a logística, a ausência de profissional. Acho importante que a gente garanta essa percentual pro interior do estado”, concluiu

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