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No confronto entre Flamengo e Atlético-MG, ontem, pelo Brasileirão, a rixa entre Felipão e Tite, técnicos do clubes que voltaram a se enfrentar no campeonato após 11 anos, chamou a atenção antes da partida começar. Os treinadores roubaram a cena antes do início do jogo com um abraço que quebrou um climão que durava 13 anos e selou uma trégua, até o momento.

Após a partida, que terminou com vitória do Atlético-MG por 3 a 0, os técnicos falaram sobre o cumprimento antes de a bola rolar. Em entrevista coletiva, Tite, treinador do Flamengo, revelou que agradeceu a Felipão por toda a ajuda que deu no início de sua carreira.

— Eu falei para ele três vezes: “Muito obrigado”. No início da minha carreira, fui buscar nele informações e conhecimentos. Imaginava um dia ter o nível de Felipão, Luxa, Nelson Baptista, que são referências nacionais. Então agradeci a ele — disse Tite.

Felipão, do Atlético-MG, também explicou o abraço em Tite, que foi visto por muito como um gesto que selaria a paz entre os treinadores, mas para o técnico de 75 anos foi apenas um reencontro normal com perguntas banais.

— Foi um abraço. ‘Tudo bem? Como está? E a família?’. Não tem nada de diferente do normal. Mesma coisa que se encontrar alguém, pergunto isso, aquilo. Normal, simples, tudo normal, como se fosse fora de campo — disse o treinador do Atlético-MG.

Felipão fez questão de destacar que a sua relação com Tite sempre foi de respeito, admiração mútua e amizade muito grande, embora tenha tido algumas rixas no caminho. Contudo, o técnico pentacampeão mundial com a seleção brasileira reforçou que eles terão oportunidade de se acertarem caso se encontrem novamente.

— Não adianta a gente ficar discutindo aqui em público porque muitas vezes o que é dito aqui não é a realidade verdadeira. O que acontece é que em algum momento que cruzamos vamos ter oportunidade de falar ou explicar uma coisa ou outra para entendimento entre nós que sempre tivemos — afirmou.

Entenda a rixa dos treinadores

Ex-comandantes da seleção (em duas Copas do Mundo cada), os técnicos de Atlético-MG e Flamengo, têm conquistas e momentos em comum na carreira e já foram muito próximos, mas uma sequência de episódios conflituosos terminaram num afastamento que já dura mais de uma década.

O mais famoso deles aconteceu em um clássico entre Corinthians e Palmeiras, então comandados por Tite e Scolari, respectivamente, pela semifinal do Campeonato Paulista de 2011. Num momento acalorado em campo, Tite se virou e gritou “Fala muito, fala muito” em direção ao rival.

Aquele foi um episódio explosivo, mas a relação já vinha se deteriorando desde o ano anterior, quando o Palmeiras de Felipão perdeu um jogo decisivo do Brasileirão de 2010 na penúltima rodada para o Fluminense, que seria campeão sobre o próprio Corinthians de Tite, principal concorrente do tricolor ao título. Esse é apontado por muitos que acompanharam de perto como o início das faíscas na amizade entre os dois veteranos.

Com informações de: O Globo

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