O rock, enquanto gênero musical, sempre foi associado à postura rebelde e ao enfrentamento das convenções. Trilha sonora de alguns dos principais momentos de transformação social do século 20, o estilo “morreu” e se reinventou diversas vezes ao longo das décadas, mas nunca deixou de ser o som do inconformismo.

Desde 1985, quando foi realizado o Live Aid, evento que reuniu figurões da música pop para combater a fome na África, é celebrado o Dia Mundial do Rock na data em que os shows ocorreram, 13 de julho, sempre com direito a grandes espetáculos em tributo a esse gênero. Não em 2020. 

Com o estouro da pandemia da covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, shows, festivais e eventos foram cancelados. Aglomerações, antes almejadas, agora são sinônimo de risco à vida. Nesse cenário catastrófico, a celebração do Dia Mundial do Rock passou para o ambiente digital, onde as pessoas podem se reunir de suas casas sem perigo de contaminação.

“Com certeza vai ser um Dia Mundial do Rock totalmente diferente de todos os que já aconteceram”, afirma Branco Mello, vocalista e baixista dos Titãs. “Quem quiser comemorar essa data vai ouvir os seus discos preferidos, vai procurar na internet as melhores lives para assistir e não vai deixar de comemorar.”

Dinho Ouro Preto, vocalista do Capital Inicial, concorda: “Acho que esse vai ser o Dia do Rock mais morno da história dessa data. Acho que o rock precisa de uma conexão com as pessoas, a energia vital vem do contato. Daí que vem a visceralidade e a adrenalina do rock.”

Uma série de apresentações transmitidas ao vivo pela internet foram ao ar desde o dia 10 de julho para celebrar a data e não deixar a ocasião passar em branco. No Brasil, bandas como Sepultura, Angra, Planet Hemp, Raimundos, Roupa Nova, Matanza, Far From Alaska, Massacration e muitas outras brindaram os fãs com as chamadas lives, para entretê-los em casas nesse momento de quarentena.

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