No próximo domingo, 23 de abril, comemora-se o Dia Mundial do Livro. Para mim, na minha humilde e insignificante opinião, não existe invenção mais revolucionária e importante na história da humanidade do que o livro. Se não fossem os livros, certamente, o ser humano seria ainda mais selvagem e a humanidade entraria em extinção.

O livro é um bálsamo contra as monstruosidades da sociedade. Todo livro transmite cultura, sabedoria, paz. À leitura de um livro torna o leitor mais rico culturalmente e empoderado socialmente. Quem investe em livros colhe bons frutos: amor, educação, liberdade, respeito, justiça, comportamento virtuoso e futuro brilhante.

A maioria dos professores que eu conheço gostam muito de ler, principalmente os professores da área das Ciências Humanas e Sociais. E nesse aspecto, eu tenho um colega de trabalho escolar que gosta muito de ler. Eu também gosto muito de ler, mas que nem ele, eu nunca vi igual. Ele vive com os olhos grudados nos livros.

“A leitura para mim professor Lemos, é uma necessidade vital, assim como o ar é para os meus pulmões. Acho que eu sou viciado em leitura, não passo um dia sem ler. Leio de tudo, principalmente livros impressos. Ainda não me acostumei com a modernidade, não gosto de ler livros digitais. Sinto que a minha vida não faz sentido algum quando eu não estou lendo” – disse-me certa vez.

E para comemorar o Dia Mundial do Livro pedi para ele listar, em ordem cronológica, os dez livros mais importantes, que marcaram a sua vida de leitor. Veja à lista que ele me mandou: 1) O Principe; 2) A Náusea; 3) Discurso Sobre o Método; 4) A Condição Humana; 5) Microfísica do Poder; 6) Emílio ou Da Educação; 7) Igreja Carisma e Poder; 8) Capitães de Areia; 9) As Confissões; 10) Galvez – Imperador do Acre.

Espero, sinceramente, que o prezado leitor e a prezada leitora entenda que toda lista é sempre limitada e diz muito de quem a elabora. E eu também, pegando carona nas ideias do professor, principalmente no hábito e no gosto pela leitura, listei os meus dez livros mais memoráveis, aqueles que certamente eu levaria para uma ilha deserta:
1) Fernão Capelo Gaivota; 2) O Pequeno Principe; 3) Assim Falou Zaratustra; 4) Cem Anos de Solidão; 5) Apologia de Sócrates; 6) As Veias Abertas da América Latina; 7) Memorias Póstumas de Brás Cubas; 8) Quem me roubo de mim? 9) Demian 10) O Alquimista.

Estes são os meus dez livros favoritos, que eu consigo me lembrar, agora, assim, de supetão, enquanto escrevo este artigo. No entanto, talvez você esteja aí se perguntando: “Ué, cadê pelo menos um dos seus seis livros publicados nesta lista, já que você também é escritor?”.

E eu respondo: nessa lista estão os livros que foram capazes de me provocar os melhores sentimentos enquanto leitor e que me ajudaram de alguma forma na minha formação como escritor. Digo ainda: muitos outros livros não entraram nessa lista porque o espaço é pequeno, mas eles estão guardados no meu coração, como, por exemplo, A ética do Cotidiano, de João Batista Libânio; Irmão Negro, de Walcyr Carrasco; Odisséia, de Homero; América Latina – O não ser, de Roque Zimmermann; Olhai os Lírios do Campo, de Erico Veríssimo; Mar Morto, de Jorge Amado; livros e autores que eu amo de paixão, e sempre que posso relei-os.

Por fim, e não menos importante, concordo com o poeta baiano Castro Alves, quando diz que:

“Oh! Bendito o que semeia
Livros à mão cheia
E manda o povo pensar!
O livro, caindo n’alma
É germe – que faz a palma,
É chuva – que faz o mar!”
E para você, o que representa o livro na sua vida? Quais os dez melhores livros que você já leu? Vamos pensar juntos?

*Luís Lemos é professor, filósofo e escritor, autor, entre outras obras de, Filhos da Quarentena: A esperança de viver novamente, Editora Viseu, 2021. https://www.editoraviseu.com.br/filhos-da-quarentena-prod.html?___SID=U
Escreva-se no canal do professor Luís Lemos no Youtube, é grátis: https://www.youtube.com/channel/UC94twozt0uRyw9o63PUpJHg

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