O Dia Mundial do Veganismo, celebrado em 1 de novembro, ressalta dados que comprovam o crescimento do movimento vegano em todo o mundo, desde a criação da data, na Inglaterra, em 1962. Além do respeito à vida animal, a preconização de hábitos alimentares saudáveis e preservação do meio ambiente têm se tornado os principais argumentos para a disseminação desse estilo de vida, mas a principal barreira para essa mudança é a ideia, enganosa, de que o veganismo significa abrir mão do prazer dos sabores gastronômicos.
Atentos ao aumento do número de veganos e vegetarianos no país, empresas de diversos setores, como alimentos, têxtil, cosméticos, farmacêutico, entre outros têm se dedicado à fabricação de produtos sem origem animal, atendendo também a pessoas que precisam seguir uma dieta à base de frutas, legumes e verduras ou utilizar produtos sem proteína animal por restrições médicas.
O Galpão Cuccina, especializado na elaboração de alimentos com influência da gastronomia italiana, é um desses exemplos e oferece 20 opções de pratos e produtos à base de vegetais, adaptando a tradição culinária da Itália, surpreendendo os consumidores com itens como queijos, manteigas, leite condensado, creme de leite e carnes vegetais como camarão, bacon, frango e peixes, utilizando ingredientes como castanhas, frutas, legumes, que não deixam nada a desejar quanto ao prazer dos sabores.
“Utilizamos a técnica italiana na produção de laticínios para a fabricação de nossos produtos, adaptada para o uso com vegetais. Os processos são mais elaborados e complexos, mas conseguimos chegar a versões nobres que se destacam pelo sabor e textura”, diz Tobias Biselli, criador e fundador da marca.
O empresário considera a culinária vegana e vegetariana como o futuro da alimentação no Brasil. “As pessoas que escolhem esse estilo de vida, seja por idealismo ou por alguma restrição alimentar, normalmente são as que têm poder de veto na hora de escolher onde comer com a família ou amigos, e acabam optando por restaurantes que têm opções veganas no cardápio”, observa.
Segundo estudo da Allied Market Research, de 2020, o mercado vegano mundial foi avaliado em US$ 19,7 bilhões, com uma expectativa de crescimento para mais de US$ 36,3 bilhões até 2030. Um levantamento realizado pela Inteligência em Pesquisa e Consultoria (IPEC) mostra que 46% dos brasileiros já deixam de comer carne por vontade própria pelo menos uma vez por semana, e o IBOPE Inteligência, em pesquisa feita em 2018, revela que 14% dos brasileiros se declaram vegetarianos, o que representa um aumento de 75% em relação ao mesmo censo feito em 2012.