O empresário Elon Musk supostamente criou uma cultura que incentiva o uso de drogas entre conselheiros e diretores das suas companhias. Os executivos alegaram que se sentiam “pressionados” a consumir entorpecentes para estarem próximos do magnata e por medo de que iriam incomodar o bilionário, além de perder “status social” ao recusarem ingerir tais substâncias. As informações foram divulgadas pelo Wall Street Journal, no domingo, 4.

De acordo com o jornal, uma diretora da Tesla, empresa de automóveis de Elon Musk, teria escolhido não concorrer a uma reeleição para um cargo de conselho na companhia devido ao intenso uso de drogas e comportamento “imprevisível” do magnata. Em janeiro, notícias da mesma agência divulgaram que o empresário teria usado cocaína, LSD, cogumelos alucinógenos e ketamina ao longo dos anos.

Executivos da SpaceX, fabricante de sistemas aeroespaciais cujo dono é Elon Musk, também relataram que o empresário estaria sob efeito de entorpecentes durante reuniões da companhia, em que ele teria chegado atrasado uma hora e arrastando palavras por 15 minutos antes do presidente da empresa assumir as rédeas do encontro. O abuso de substâncias divulgado poderia comprometer contratos bilionários da corporação com a Nasa.

Devido a regulações federais americanas, poderia ocorrer uma quebra nas parcerias entre a companhia de Elon Musk e a Nasa. “A agência não tem evidências de descumprimentos da SpaceX em relação à abordagem da empresa quanto às regulamentações para força de trabalho livre de drogas e álcool”, afirmou o órgão americano em um comunicado, de acordo com o Business Insider.

“O que quer que eu esteja fazendo, eu deveria continuar!”, declarou Elon Musk em seu perfil no X (antigo Twitter), se referindo ao sucesso comercial que as companhias SpaceX e Tesla estariam tendo sob seu comando. “WSJ (Wall Street Journal) é um lixo”, afirmou o magnata na rede social. “Se as drogas realmente ajudassem a melhorar a minha produtividade ao longo do tempo, eu com certeza as usaria”, concluiu.

As declarações foram feitas no mês passado, quando o Wall Street Journal divulgou outra reportagem relativa ao uso de drogas do magnata. À época, o advogado de Elon Musk, Alex Spiro, afirmou que o bilionário regularmente era testado para detecção de drogas em seu corpo, mas nada foi encontrado em nenhuma oportunidade. Nenhum dos dois se pronunciou após as notícias veiculadas pelo jornal nesta semana.

Ao todo, Elon Musk possui seis empresas, a Tesla, SpaceX, X (antigo Twitter), Neuralink, responsável pela produção de implantes cerebrais, e a startup xAI.

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