Foto: Edmar Perrone

A Monkeypox, que ficou popularmente conhecida como “Varíola dos Macacos”, é uma doença endêmica de regiões da África Central e Ociedental, mas desde quando foram apontados registros em regiões não endêmicas, causou medo à população mundial, que teme uma propagação no nível da Covid-19.

Com isto, a Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), por meio da Diretoria de Saúde, esclarece dúvidas a respeito da doença, como meios de transmissão; nível de transmissibilidade e sintomas.

“Estamos preparando os servidores do Centro Médico para identificar possíveis casos que possam existir. Como é uma doença que passou muitos anos sem contato com os profissionais, o nosso trabalho é conscientizar a área da saúde para fazer o diagnóstico, trabalhando o isolamento social do caso suspeito e observar os contactantes”, explicou o diretor de Saúde da Casa Legislativa, Arnoldo Andrade.

O médico afirma que é necessário esclarecer ainda, que o cenário epidemiológico não tem relação com macacos, pois a transmissão do vírus monkeypox ocorre de humanos para humanos. “O vírus ataca os macacos, que são tão vítimas quanto os seres humanos, mas ele (o vírus) não se originou dos macacos. É um vírus que já existia – o vírus da varíola -, que modificou para se adequar ao meio ambiente”, afirmou Arnoldo Andrade.

Transmissão

Sobre as diferenças entre os vírus Monkeypox e Coronavírus, o médico destacou que a velocidade de transmissão do Monkeypox é mais baixa que a do coronavírus, assim como a forma de transmissão é diferente.

“A transmissibilidade do vírus é mais baixa que da Covid-19, transmitida pelo ar, enquanto o Monkeypox transmite pelo contato com a secreção, ou seja, precisa de um contato direto”, afirma. Ele destacou que a letalidade tem sido muito baixa e a mortalidade tem sido pequena. “A transmissibilidade também é baixa, diferente do vírus da Covid-19, que se espalha muito rápido”, diz, completando que no Brasil foram registrados cerca de três mil casos, enquanto no Amazonas cerca de duas dezenas”, explanou.

Orientações

O diretor explicou que o trabalho de orientação da Assembleia é esclarecer sobre os sintomas e reforçar a ideia de prevenção. Arnoldo disse que como a transmissão é feita pelo contato humano, é necessário que as pessoas mantenham a higiene das mãos e se protejam nas relações sexuais para evitar contato com fluídos. “A doença apresenta erupções cutâneas e consequentemente lesões de pele, por isso a importância de se prevenir sexualmente ainda mais”, afirmou.

Quanto aos sintomas, o médico explicou que é importante que os servidores saibam identificar os sintomas que caracterizam a doença, como febre acima de 38,5°; presença de linfonodos inchados; dores musculares; dor nas costas e fraqueza profunda. “Se estes sintomas forem acompanhados de pústulas (bolhas), temos de isolar o paciente até que o processo de transmissão da doença seja encerrado”, enfatizou.

Recomendação

A recomendação de Andrade é manter o uso de máscaras, apesar de os decretos não obrigarem mais seu uso. “Nossa orientação é que as pessoas continuem usando máscara de proteção facial de forma rotineira. A partir do momento que a vacina já estiver disponível, vou orientar a vacinação de todos os servidores da área da saúde e continuaremos pedindo a higienização e sanitização da Assembleia, como também o uso de máscaras em determinados setores”, aconselhou.

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