Doações “antifraude” de R$ 1 ou valor similar de apoiadores têm dado dor de cabeça para a campanha do candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL). Conforme apurou a Folha de S.Paulo, a ideia do movimento é que todos os eleitores do atual presidente enviem valores baixos para a campanha, servindo de parâmetro para uma possível fraude no resultado das eleições.

A campanha é obrigada a emitir recibos eleitorais numerados. “Só R$ 1 para declarar o voto em apoio à reeleição do Bolsonaro, o que servirá de parâmetro antifraude. Já fiz a minha parte”, diz uma das mensagens de incentivo.

O problema é que o processo de prestação de contas é mais custoso do que os pequenos valores recebidos, já que os extratos de doação de campanha são feitos individualmente e envolvem preenchimento de informações.

O custo contábil na prestação de cada doação é maior que o valor por doação, informou o advogado da campanha, Tarcísio Vieira de Carvalho Neto, à Folha. Segundo ele, já são mais de 300 mil doações com valor médio de R$ 2.

“Foi um movimento espontâneo, que surgiu na internet, e que gerou na gente essa preocupação. Tudo isso está de acordo com a lei, claro. Mas como temos o prazo de 72 horas para fazer as prestações de contas parciais, o contador estava um pouco aflito”, conta Vieira.

“O volume é muito grande para fazer no braço. Ontem o contador estava desenvolvendo uma metodologia de tecnologia da informação para cumprir as tarefas. O próprio Banco do Brasil estava com dificuldades em rodar os extratos para a gente juntar na prestação de contas”, finaliza.

(Metrópoles)

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