Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump • 06/10/2025 REUTERS/Kent Nishimura

Dois anos após o início do conflito na Faixa de Gaza, o presidente Donald Trump prometeu o apoio dos Estados Unidos às garantias de segurança no território palestino nesta terça-feira (7) e disse acreditar que um acordo está próximo de ser concluído.

“Acho que há uma possibilidade de termos paz no Oriente Médio”, afirmou Trump a jornalistas no Salão Oval da Casa Branca.

Ele pontuou que também discutiria a situação em Gaza com o primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, que está visitando o país.

Uma autoridade dos EUA disse que o enviado especial Steve Witkoff e Jared Kushner, que foi o enviado de Trump para o Oriente Médio durante seu primeiro mandato, estavam a caminho do Egito nesta terça-feira para as negociações.

As conversas aparentam ser as mais promissoras até o momento para pôr fim à guerra em Gaza.

“Estamos muito perto de fazer um acordo sobre o Oriente Médio que trará paz ao Oriente Médio depois de todos esses anos”, comentou Trump no início da reunião no Salão Oval com Carney.

Questionado sobre as garantias de segurança que os Estados Unidos estavam dispostos a oferecer, o presidente prometeu ajuda sem oferecer detalhes específicos.

“Vamos fazer todo o possível — temos muito poder — e vamos fazer todo o possível para garantir que todos cumpram o acordo”, respondeu.

Entenda a guerra na Faixa de Gaza

A guerra na Faixa de Gaza começou em 7 outubro de 2023, depois que o Hamas lançou um ataque terrorista contra Israel. Combatentes do grupo radical palestino mataram 1.200 pessoas e sequestraram 251 reféns naquele dia.

Então, tropas israelenses deram início a uma grande ofensiva com bombardeios e por terra para tentar recuperar os reféns e acabar com o comando do Hamas.

Os combates resultaram na devastação do território palestino e no deslocamento de cerca de 1,9 milhão de pessoas, o equivalente a mais de 80% da população total da Faixa de Gaza, segundo a UNRWA (Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos).

Desde o início da guerra, pelo menos 67 mil palestinos foram mortos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.

O ministério, controlado pelo Hamas, não distingue entre civis e combatentes do grupo na contagem, mas afirma que mais da metade dos mortos são mulheres e crianças. Israel diz que pelo menos 20 mil são combatentes do grupo radical.

Parte dos reféns foi recuperada por meio de dois acordos de cessar-fogo, enquanto uma minoria foi recuperada por meio das ações militares.

Autoridades acreditam que cerca de 50 reféns ainda estejam em Gaza, sendo que cerca de 20 deles estariam vivos.

Enquanto a guerra avança, a situação humanitária se agrava a cada dia no território palestino. Com a fome generalizada pela falta da entrada de assistência na Faixa de Gaza, os relatos de pessoas morrendo por inanição são diários.

Israel afirma que a guerra pode parar assim que o Hamas se render, e o grupo radical demanda melhora na situação em Gaza para que o diálogo seja retomado.

Com informações de CNN Brasil.

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