O ano de 2020 foi desafiador para todo mundo e, em especial, para as famílias que tiveram de manter as crianças em casa por cerca de oito meses sem ir à escola, sendo privadas do convívio com os amigos e de uma série de experiências para além das congnitivas. Agora, com a chegada do fim do ano, a falta de perspectiva rápida de vacina e a instabilidade da pandemia do coronavírus, que volta a apresentar alta no número de casos, muitos pais, senão todos, estão se perguntando como será a educação em 2021. No momento, há diferentes cenários entre escolas públicas e particulares, que dependem de autorizações do estado e do município para funcionar e de decisões das redes de ensino, das próprias instituições e das famílias.

Diante de tantas variáveis, cinco especialistas ouvidos pela Canguru News afirmam ser difícil dar definições quanto a como as escolas vão atuar no próximo ano. Mas todos preveem a manutenção das aulas presenciais e remotas e o revezamento de alunos, a depender de uma série de critérios, como número de estudantes por turma e estrutura física da sala e do estabelecimento como um todo. E se antes havia muitas dúvidas quanto a se devíamos reabrir as escolas, hoje muitos pais, educadores, gestores e profissionais de saúde já manifestam seu apoio ao retorno das aulas presenciais, pelo bem das crianças. Essa é a opinião de quatro dos cinco especialistas que ouvimos. A seguir, veja o que eles dizem sobre as escolas em 2021.

Volta gradual e ensino híbrido

A professora, socióloga e presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), Maria Helena Guimarães de Castro, diz que o retorno das atividades presenciais deve ocorrer à medida que as autoridades sanitárias e os dirigentes estaduais e municipais autorizarem a volta às aulas. “O conselho prevê volta gradual, respeitando protocolos até que escolas tenham condições de receber vacina e todos serem imunizados”, relata Maria Helena. Ela afirma que as instituições deverão realizar diferentes atividades para grupos de alunos, uma vez que não será possível manter todos juntos numa mesma classe. “Onde cabem 20 alunos, menos da metade poderá retornar, então, as atividades terão de ser complementadas fora da sala de aula, conforme previsto no parecer do conselho.” Em outubro, o CNE aprovou uma resolução que permite o ensino remoto nas escolas públicas e particulares do país até 31 de dezembro de 2021. “Entenda-se por ensino híbrido um novo conceito de utilização das pedagogias num ambiente que faz uso de diferentes tecnologias e mesmo sem acesso à internet permite o retorno à aula presencial”, explica a a presidente.

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