
Com a meta de classificar o Brasil para Paris-2024, as atletas da ginástica rítmica disputam a partir desta quarta-feira o Campeonato Mundial, em Valência, na Espanha. Ginastas de 62 países disputarão 14 vagas individuais (limite de duas por país) e cinco vagas para o conjunto. O maior destaque do Brasil no individual é Bárbara Domingos, de 23 anos. Geovanna Santos também competirá. Como Itália, Bulgária e Alemanha já têm vaga para Paris, conquistadas via Mundial de Sófia, em 2022, na prática até a 17ª colocada deve ir à Olimpíada.
Já o conjunto do Brasil, que está entre os cinco melhores do mundo, inicia a competição na sexta-feira. As meninas disputarão as séries mista (bola e fita) e de cinco arcos com novos collants. No Mundial do ano passado, o Brasil foi quinto.
Finalista do Mundial de 2021, feito inédito para o país, Bárbara tentará repetir a dose em Valência (até então, a melhor colocação de uma brasileira no individual geral era 35.º lugar). A atleta, natural de Curitiba, que foi 54ª em 2018, subiu para o 31° posto em 2019 e para a 17ª posição em 2021. Ela vive a melhor fase da carreira. Em abril, na etapa da Copa do Mundo de Sófia, na Bulgária, ficou com o bronze na fita e se tornou a primeira atleta da América Latina a subir ao pódio neste tipo de torneio. Na sequência, no Grand Prix de Thiais, na França, Bárbara conquistou o ouro na mesma prova.
— A aclimatação na Bulgária foi muito importante para aperfeiçoar nossas coreografias e minhas expectativas são as melhores. Treinei muito desde Tóquio-2020 com o objetivo de conseguir a vaga para a Olimpíada de Paris-2024 e vou dar o meu melhor em quadra — disse Bárbara, sobre o período de treino antes da chegada à Espanha e logo após o treino no local da competição, que ela descreveu como muito amplo.
Bárbara, que não se classificou para os Jogos de Tóquio-2020, começou na ginástica artística e queria ser como Daiane dos Santos. No entanto, faltava força para executar alguns movimentos típicos da modalidade e a ginástica rítmica se apresentou como alternativa. Foi em 2019 que ela despontou no cenário internacional, com duas medalhas em Sul-Americanos, e a prata nos Jogos Pan-Americanos, em Lima 2019 (também na fita).
Em Valência, as oito melhores ginastas de cada aparelho (arco, bola, tacos e fita) passarão a competir pelos títulos mundiais individuais durante os dois primeiros dias do campeonato. As pontuações da qualificação também determinarão as 18 ginastas que irão à final do individual geral, no sábado. Diferentemente da ginástica artística, a rítmica não tem provas por aparelhos nos Jogos Olímpicos. Elas disputam somente o individual geral.
Nesta terça-feira, no treino de pódio para as atletas do conjunto, o Brasil levou um susto: a capitã Maria Eduarda Arakaki, a Duda, torceu o tornozelo direito e iniciou tratamento medicamentoso e fisioterápico. Segundo a equipe médica da seleção, ela “tem respondido bem” e a treinadora Camila Ferezin se mostrou confiante em tê-la em condições na sexta-feira. Além de Duda, a seleção de conjunto tem Bárbara Galvão, Deborah Medrado, Giovanna Oliveira, Nicole Pírcio, Sofia Madeira e Victória Borges.
Com informações de: O Globo







