Depois de muitas idas e vindas, encontros e desencontros, o presidente Jair Bolsonaro (PL) não poupou a Zona Franca de Manaus (ZFM) do decreto que sentenciou para todo o país a redução do IPI em 35%. Diante das pressões e reações da classe política e empresarial local, o chefe do poder executivo federal chegou a declarar no início desta semana que a ZFM não é um paraíso permanente.

Neste sábado, 28, entretanto, em Manaus, em discurso para uma plateia estimada em 100 mil evangélicos durante a Marcha para Jesus, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o modelo econômico Zona Franca não será afetada por medidas econômicas do governo.

O presidente declarou com todas as letras que “a Zona Franca de Manaus jamais será atingida por esse governo e que redução de impostos é benéfica para todo o País. Ninguém perderá nada aqui reduzindo imposto como IPI Imposto sobre Produtos Industrializados. Nunca vi um país crescer aumentando ou criando novos impostos”.

Em outras palavras, a edição dos decretos que reduz o IPI em nada foi ou será alterado, embora tenham sido suspensos parcialmente por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão vale para produtos que são produzidos em todo o País que concorrem com itens fabricados na Zona Franca de Manaus e atende um pedido do partido Solidariedade

Na ação, o partido argumentou que reduzir o IPI para produtos de todo o Brasil que concorrem com o da Zona Franca reduz a vantagem dos itens fabricados em Manaus, que já contam com desoneração, o que, segundo o Solidariedade, afeta o desenvolvimento da região e a preservação ambiental.

A fala do presidente, entretanto, não foi usada tão somente para explicações o bem estar da Zona Franca Manaus. Em tom conservador, Bolsonaro falou, também, que era contra a “ideologia de gênero”, o aborto e a favor da família. Repetiu também sua clássica frase de que “a nossa bandeira jamais será vermelha” e criticou o comunismo e o socialismo.

Ele falou, também, respeitar as crianças, que é contra a liberação das drogas e liberação de jogos de azar no Brasil.

Além do governador do Amazonas e do prefeito de Manaus, subiram ao palco com Bolsonaro os deputados federais Capitão Alberto Neto e Delegado Pablo. O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, também estava presente, assim como lideranças evangélicas do Amazonas.

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