Em live realizada na noite da quinta-feira (5), o presidente Jair Bolsonaro voltou a colocar em xeque o sistema eleitoral que o elegeu e voltou a defender a volta do voto impresso no Brasil. A declaração do capitão da reserva vem na esteira da tentativa de Donald Trump de tumultuar a eleição presidencial nos Estados Unidos e apontar “fraude” nos estados em que seu adversário, o democrata Joe Biden, foi vitorioso.
“Já está bastante avançado o estudo. A gente espera ano que vem entrar, mergulhar na Câmara e no Senado, para que a gente possa realmente ter um sistema eleitoral confiável em 22”, disse Bolsonaro, sinalizando que o sistema na eleição de 2018, quando foi eleito, não é confiável.
Para justificar a necessidade de um sistema eleitoral “realmente confiável”, Bolsonaro falou sobre “o que acontece em outros países”, sem especificar, contudo, o que estaria acontecendo e sem citar diretamente os Estados Unidos.
De acordo com o presidente, ele tentará fazer avançar no Congresso um projeto da deputada Bia Kicis (PSL-DF) que trata sobre a volta do voto impresso no Brasil. “É a maneira que você tem de auditar e contar os votos de verdade aqui”, declarou.
MEDIDA BARRADA PELO SUPREMO
A adoção do voto impresso foi barrada pelo Supremo Tribunal Federal em setembro de 2020. A Corte entendeu que a medida viola o sigilo e a liberdade do voto.
O voto impresso era uma das mudanças estabelecidas pela minirreforma eleitoral em 2015. Foi vetada pela então presidente Dilma Rousseff (PT). No entanto, em novembro daquele ano, o Congresso derrubou o veto. A proposta era do então deputado federal Jair Bolsonaro. (Com Agências)










