Exonerado do cargo de secretário de Educação na terça-feira (27), por decisão pessoal, Luiz Castro comentou hoje, os motivos que o animaram a deixar a Secretaria de Educação (Seduc).

Não fossem algumas contradições brotadas do calor da emoção como, por exemplo, “não fui embalado por projetos políticos para a Seduc” ou então, “não vou me defender das acusações sofrida”, nada do que falou o ex-secretário é novo.

Antes é preciso destacar que a vida do paulistano Luiz Castro, ex-prefeito de Envira, ex-secretário Estadual da Produção Rural, ex-presidente do Idam, ex-deputado estadual, foi construída sobre um grande projeto político, não é mesmo?

Depois, ao gravar vídeo para falar de sua saída da Seduc é ou não é o começo de uma defesa?

Defesa essa, mal alinhava, digamos assim, porque Luiz Castro dedicou praticamente todo o tempo da gravação para falar de si próprio, das realizações enquanto secretário de Educação – 40 escolas recuperadas, por exemplo -, e do delicado estado de saúde que enfrenta, um infarto no final do ano, por exemplo (saúde e vida longa ao ex-secretário).

Sobre as acusações de dispensa de licitação para contratação do transporte escolar para todo o interior do estado e zona rural de Manaus, Luiz Castro admitiu a prática nos limites, segundo ele, previsto em lei.

“Agi de boa-fé. A não-dispensa de licitação implicaria em prejuízo à clientela estudantil do interior do estado que ficaria à mercê da burocracia, como a licitação, que impõe prazos para a contratação de determinado serviço”, comenta.

Luiz Castro falou, também, embora laconicamente, de que é alvo de representação do Ministério Público de Contas por supostas irregularidades no exercício do cargo, tais como pagamento de ‘mensalinho’ de R$ 20 mil a políticos; imposição de contratos sem realização de serviços e uso de rotas para atender amigos de prefeitos.

Todas as denúncias, segundo ele, foram motivadas por interesses contrariados.

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