Sala no TSE onde código-fonte das urnas fica disponível para inspeção - Foto: Antônio Augusto / TSE

Em novo comunicado, o Ministério da Defesa informou que a nota veiculada na noite dessa quarta-feira (10/11), na qual confirmou que não houve fraude no pleito eleitoral, foi “distorcida”. O documento não destacou elementos que indicassem possibilidade de fraude no pleito do último dia 30 de outubro. As eleições determinaram que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será o próximo presidente da República.

Apesar de alegar que existe “possibilidade” de fraude no pleito, o órgão, no entanto, não apontou se há provas concretas de efetiva falha nas urnas eletrônicas.

“Com a finalidade de evitar distorções do conteúdo do relatório enviado ontem (9/11), ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Ministério da Defesa esclarece que o acurado trabalho da equipe de técnicos militares na fiscalização do sistema eletrônico de votação, embora não tenha apontado, também não excluiu a possibilidade da existência de fraude ou inconsistência nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral de 2022. Ademais, o relatório indicou importantes aspectos que demandam esclarecimentos”, reforçou a nota.

Em outras palavras, as Forças Armadas apenas reforçaram as constatações que haviam sido feitas e divulgadas por meio de ofício, na qual levanta hipóteses e circunstâncias sobre eventuais fraudes, mas não apresenta provas.

Veja a íntegra da nota:

Apesar de alegar que existe “possibilidade” de fraude no pleito, o órgão, no entanto, não apontou se há provas concretas de efetiva falha nas urnas eletrônicas.

“Com a finalidade de evitar distorções do conteúdo do relatório enviado ontem (9/11), ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Ministério da Defesa esclarece que o acurado trabalho da equipe de técnicos militares na fiscalização do sistema eletrônico de votação, embora não tenha apontado, também não excluiu a possibilidade da existência de fraude ou inconsistência nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral de 2022. Ademais, o relatório indicou importantes aspectos que demandam esclarecimentos”, reforçou a nota.

Em outras palavras, as Forças Armadas apenas reforçaram as constatações que haviam sido feitas e divulgadas por meio de ofício, na qual levanta hipóteses e circunstâncias sobre eventuais fraudes, mas não apresenta provas.

– os testes de funcionalidade das urnas (Teste de Integridade e Projeto-Piloto com Biometria), da forma como foram realizados, não foram suficientes para afastar a possibilidade da influência de um eventual código malicioso capaz de alterar o funcionamento do sistema de votação; e

– houve restrições ao acesso adequado dos técnicos ao código-fonte e às bibliotecas de software desenvolvidas por terceiros, inviabilizando o completo entendimento da execução do código, que abrange mais de 17 milhões de linhas de programação.

Em consequência dessas constatações e de outros óbices elencados no relatório, não é possível assegurar que os programas que foram executados nas urnas eletrônicas estão livres de inserções maliciosas que alterem o seu funcionamento.

Por isso, o Ministério da Defesa solicitou ao TSE, com urgência, a realização de uma investigação técnica sobre o ocorrido na compilação do código-fonte e de uma análise minuciosa dos códigos que efetivamente foram executados nas urnas eletrônicas, criando-se, para esses fins, uma comissão específica de técnicos renomados da sociedade e de técnicos representantes das entidades fiscalizadoras.

Por fim, o Ministério da Defesa reafirma o compromisso permanente da Pasta e das Forças Armadas com o Povo brasileiro, a democracia, a liberdade, a defesa da Pátria e a garantia dos Poderes Constitucionais, da lei e da ordem. (Metrópoles)

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