O jornalista Ulisses Campbell encerra a trilogia de livros Mulheres Assassinas, em que retrata crimes bárbaros executados por mulheres, com mais uma história que parou o Brasil. Flordelis: A Pastora do Diabo apresenta a vida e o crime cometido pela pastora Flordelis Santos de Souza, condenada a 50 anos de prisão por matar o marido, Anderson do Carmo.

Em conversa com o Metrópoles nesta segunda-feira (12/12), Ulisses comentou sobre os dois que investigou a vida da assassina, e revelou como surgiu a ideia para a produção de suas obras. A trilogia Mulheres Assassinas começa com Suzane: Assassina e Manipuladora, seguido por Elize Matsunaga: A Mulher que Esquartejou o Marido.

Assista a conversa com Ulisses Campbell:

Na obra sobre Flordelis, Campbell aborda religião, crimes sexuais, roubos de crianças, magia e demais acontecimentos que fazem parte da trajetória de vida da pastora.

“Eu nunca pensei em fazer uma trilogia. Eu fiz o da Suzane porque trabalhava na [revista] Veja, e fiz uma matéria sobre a primeira saída [da cadeia] da Suzane. Meu chefe falou: ‘Olha, eu quero que tu me diga o que a Suzane faz fora da cadeia’. Durante a pesquisa para essa reportagem, eu vi que tinha um material que caberia em um espaço muito maior do que um revista”, iniciou o jornalista.

“No dia do lançamento do livro, em São Paulo, o advogado da Elize, o Luciano Santoro, foi na noite de autógrafo. Ele perguntou: ‘E aí, quando vai ser com a minha cliente?’. Quando você tem esse acesso facilitado, você tem um meio caminho andado para a pesquisa”, completou ele, afirmando ainda que o livro sobre Flordelis veio “por acaso”:

Relação entre as histórias

Ulisses ainda comentou sobre a relação entre os casos de Suzane von Richthofen, Elize Matsunaga e Flordelis. Segundo o autor, a pastora condenada se parece com a assassina dos pais no poder de manipulação, enquanto sua semelhança com a responsável pela morte de Marcos Matsunaga seria a origem humilde.

“Elas têm coisas em comum. As três são assassinas, então estão na mesma caixinha. A Susane e a Flordelis tem em comum o poder de manipulação e a sedução. Elas não têm as mãos sujas de sangue, elas são mentoras intelectuais. Elas cooptaram pessoas para matarem as vítimas no lugar delas”, explica.

“A Elize Matsunaga, o que ela tem em comum com a Flordelis é a origem. Ambas têm origem humilde, muito pobres. A Elize se destaca porque ela resolveu ter a mão na massa. Ela fez tudo sozinha, ela matou, esquartejou [o marido]. A Elise é solitária no crime. A Elize é mais dissimulada”, finaliza.

Sessão de autógrafos com Ulisses Campbell

Flordelis: A Pastora do Diabo será lançado em Brasília nesta segunda-feira (12/12), às 18h30, na livraria Saraiva (Brasília Shopping).

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