Foto: Mariana Costa/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (PL) reiterou que receberá, nesta segunda-feira (17/7), cerca de 40 embaixadores para uma “reunião técnica sobre eleições“.

Segundo o chefe do Executivo, o tema a ser discutido com os chanceleres será “algo técnico”. Na fala, feita em frente ao Palácio da Alvorada neste domingo (17), ele ainda mencionou que os ministros Edson Facin e Luis Fux foram convidados para o encontro, mas recusaram.

“Serão uns 40 embaixadores. Meia dúzia de ministros de governo, pouca gente”, disse Bolsonaro sobre o encontro, que ocorrerá às 16h desta segunda-feira (18).

Questionado sobre as ausências dos magistrados, Bolsonaro disse que gostaria de botar um “ponto final” no imbróglio envolvendo o assunto que será discutido na reunião, que, segundo ele, ocorreu nos pleitos de 2014 e 2018.

“Eu gostaria que eles me convidassem para discutir esses assuntos, para a gente realmente botar um ponto final nisso. Todos nós queremos a transparência, todos nós. Sem exceção”, disse.

“Fachin e Barroso foram para o exterior criticar o presidente da República, fazer campanha contra o presidente e falar que estou atentando contra a democracia. Queremos transparência”, pontuou.

No começo do mês, Fachin mencionou o ataque ao Capitólio, nos Estados Unidos, em um evento no Wilson Center, em Washington, capital norte-americana. “O que se tem dito no Brasil é sobre a ocorrência de um episódio ainda mais agravado do que 6 de janeiro daqui [dos EUA] do Capitólio”, disse o ministro.

Bolsonaro, por sua vez, rebateu a fala: “Quando o Fachin fala que podemos ter um novo capitólio? O que ele quer dizer com isso aí? Faltou ele falar ‘Lula presidente’ e que eu vou invadir o TSE. Ninguém quer rompimento e nem ruptura”.

Tema da reunião de segunda-feira

Há quase um ano, em 29 de julho de 2021, Bolsonaro promoveu um live com a presença de jornalistas e políticos prometendo que mostraria provas da suposta fraude nas eleições de 2014. O presidente defendeu o voto impresso e atacou os ministros do STF, mas, como ele mesmo admitiu, não mostrou nenhuma irregularidade.

A promessa para essa segunda é que o presidente volte a falar sobre os pleitos e mostre supostas provas técnicas de que ele venceu a eleição de 2018 no primeiro turno.

“Marquei para segunda-feira encontro com 50 embaixadores para discutirmos sobre o segundo turno de 2014, que teve um apagão, que o Aécio estava na frente. Conseguimos, em tempo real, a chegada dos votos no TSE. Pai do céu ajuda a gente. Depois, vamos mostrar 2018, quando eu ganhei no primeiro turno. Falo isso não é da boca pra fora, está comprovado”, afirmou.

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