Empresa de Trump é condenada a pagar US$ 1,6 milhão por fraude fiscal

Foto: Jonathan Ernst / Reuters

O negócio imobiliário da família do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi sentenciada nesta sexta-feira a pagar uma multa criminal de US$ 1,6 milhão (em torno de R$ 8 milhões) por sua condenação por fraude fiscal e outras acusações, uma repreensão contundente e a punição máxima possível.

A sentença, proferida por um juiz da Suprema Corte Estadual de Manhattan, encerra um longo calvário legal para a empresa de Trump, a Trump Organization, que foi condenada em dezembro por distribuir privilégios não oficiais a alguns de seus principais executivos. Um dos executivos que orquestrou o esquema, Allen Weisselberg, declarou-se culpado e testemunhou no julgamento da empresa. Ele foi condenado nesta terça-feira a cumprir cinco meses no notório complexo prisional de Rikers Island.

A penalidade financeira é uma ninharia para a empresa e para o ex-presidente, que arrecadou centenas de milhões de dólares em receita todos os anos enquanto estava no cargo. Entretanto, o veredito classificou a empresa como criminosa, expôs uma cultura que alimentou a ilegalidade por anos e deu munição política aos oponentes de Trump. Os promotores também continuam pressionando uma investigação criminal contra ele.

Os advogados da Organização Trump buscaram nesta sexta-feira uma penalidade menor, colocando a culpa em Weisselberg, que eles dizem ter executado o esquema sem a intenção de beneficiar a Organização Trump. Mas Joshua Steinglass, promotor da promotoria distrital de Manhattan, que liderou o caso contra a Organização Trump e Weisselberg, argumentou que a empresa executou “um esquema multidimensional para fraudar as autoridades fiscais”.

— Para evitar a detecção, eles simplesmente falsificaram os registros. Esta conduta só pode ser descrita como flagrante — explicou, acrescentando que, embora as multas máximas “possam ter um impacto limitado em uma corporação multibilionária, este tribunal deve, no entanto, impor tais multas”.

Com O Globo.

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