Silvio Bispo Romão, de 76 anos, que morreu no naufrágio de um catamarã, na manhã dessa sexta-feira (13/12), na costa de Maragogi (AL), era de São Paulo, empresário do setor de transportes e estava hospedado em um hotel em Porto de Galinhas, no município de Ipojuca, no litoral pernambucano.

Ele fundou, em 1988, uma empresa de transportes em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. Fazia parte do quadro diretivo do Sindicato Nacional dos Cegonheiros (Sinaceg), que representa os transportadores de veículos automotivos.

O empresário tinha ligações também com a Cooperativa de Consumo dos Cegonheiros (Cooperceg), sediada em São Bernardo. Em nota, o Sinaceg lamentou o falecimento e prestou homenagem ao seu diretor, Silvio Bispo Romão, “grande companheiro de profissão e estrada”.

Silvio foi um dos pioneiros nesse tipo de transporte na região do Grande ABC. Sua empresa foi fundada quando a região concentrava montadoras de veículos.

SEM COLETES

Acionado para o resgate das vítimas, o Corpo de Bombeiros informou que os passageiros não usavam coletes salva-vidas no momento do acidente.

Mais de 30 militares foram acionados inicialmente para socorrer as vítimas, formando uma verdadeira força-tarefa. Vídeos que logo circularam nas redes sociais mostraram os resgates dos passageiros, que ficaram submersas na água e precisaram ser retiradas pelos bombeiros.

Elas foram socorridas à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município. O empresário de 76 anos, turista de São Paulo, não resistiu. A esposa dele foi resgatada pelo Corpo de Bombeiros com a ajuda de embarcações que estavam na região.

O piloto de uma moto aquática tentou ajudar Silvio, mas ele afundou. Os bombeiros, que usaram até um helicóptero no socorro, o recolheram das águas, mas o idoso já estava morto quando chegou à unidade de saúde.

O corpo foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) e a previsão é de que seja transladado para o sepultamento em São Paulo. Outras nove pessoas, inclusive uma mulher grávida e um bebê de cinco meses, receberam atendimento em unidades de saúde, mas todas já foram liberadas, segundo a secretaria municipal de Saúde.

A Prefeitura de Maragogi informou que está dando todo suporte possível aos familiares das vítimas. O município abriu uma sindicância para apurar as circunstâncias do naufrágio. A Polícia Civil abriu inquérito e começou a ouvir a tripulação, o dono do barco e testemunhas.

A Marinha do Brasil informou que abrirá um inquérito administrativo para investigar as causas do naufrágio. Conforme a Marinha, a embarcação Ocean II transportava 47 pessoas e três tripulantes. Os náufragos foram resgatados por lanchas que estavam próximas do local.

Vídeos mostram momento exato do naufrágio de catamarã em Maragogi (AL)

Com informações de Gazetaweb

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