
Um Termo de Cooperação Mútua foi assinado nesta segunda-feira no 3º Summit ABRACEO CBAt pelas duas entidades organizadoras do evento e a Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE). O objetivo é desenvolver atividades para criar, divulgar e implementar a Campanha Corrida Segura, que visa a incentivar, informar e sensibilizar os participantes de corridas de rua e o público de eventos outdoor sobre a importância do cuidado com a saúde. A Associação dos Treinadores de Corridas de Rua (ATC) também assinou como a primeira entidade a aderir a campanha.
“Isso é muito importante porque hoje são mais de 14 milhões de praticantes de corrida de rua no Brasil. Comprei um tênis tal, uma camiseta tal. Será que eu fui ao médico?” disse Mateus Freitas Teixeira, médico do Esporte e cardiologista. A proposta prevê a criação de um banco de dados para inserir avaliações cardiológicas anuais, sem exigir atestados médicos a cada corrida ou termos de responsabilidade.
No painel Corrida Segura que abordou o tema, conduzido pelo médico Aézio Magalhães, foi debatido sobre incluir no anexo três da Norma sete da CBAt, primeiro uma recomendação e depois a obrigação de que os corredores passem por avaliação médica anual. O objetivo é evitar mortes súbitas em corridas de rua.
“Como a CBAt poderia trabalhar? Estamos junto com o Comitê Olímpico do Brasil (COB) no grande desafio de transformar o Brasil numa nação esportiva, mas isso passa por um crescimento responsável, não só no número de participantes, não apenas para movimentar o business do esporte, o turismo, mas com a atenção voltada para a integridade física do desportista, da pessoa que quer viver o mundo fantástico do esporte e da corrida de rua, mas em segurança”, disse Wlamir, para acrescentar que a partir desse conceito surgiram as conversas com a SBMEE e a ABRACEO.
A ABRACEO e a ATC compraram a ideia para que as assessorias e os organizadores de corridas de rua levem a campanha aos atletas. “Precisamos da conscientização, de que os atletas e esportistas entendam que o propósito é assegurar a integridade física de todos”, ressaltou Wlamir. “Estamos falando de evolução e carecemos de ferramentas que torne isso assertivo.”
Douglas Melo, da ATC, ressaltou que os corredores pedem aos técnicos até mesmo orientação do que comer na véspera da corrida e que já cresceu a conscientização sobre a ideia “de passar pelo médico”. Mas observou que, ao mesmo tempo em que cresceu muito o número de participantes e de assessorias, cresceu também de informações na internet e daqueles que começam a partir disso antes de recorrer a um treinador, uma assessoria. “Os treinadores estão juntos pela Corrida Segura.”
Com informações de Gazeta Esportiva.