Visando fortalecer os atendimentos de saúde de pessoas com doenças circulatórias, a Prefeitura de Manausestá realizando um curso de capacitação para profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS) com foco no monitoramento da hipertensão arterial e suas complicações. A segunda turma da formação, promovida pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), acontece nesta sexta-feira, 4/4, na Unidade de Saúde da Família (USF) Prefeito Frank Abrahim Lima, no bairro Cidade Nova.
A nova turma de capacitação, coordenada pelo Núcleo de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Circulatórias e Diabetes, vai reunir 40 profissionais, médicos e enfermeiros, das unidades do Distrito de Saúde (Disa) Norte da Semsa. A atividade de educação permanente em saúde integra as ações da secretaria referentes ao Dia Mundial do Rim (13 de março) e aos dias nacional e mundial de combate à hipertensão arterial, respectivamente 26 de abril e 17 de maio.
Conforme a chefe do Núcleo de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Circulatórias e Diabetes, Phamela Costa, o curso apresenta uma abordagem da hipertensão arterial com foco no monitoramento e na proteção dos órgãos mais sujeitos a danos decorrentes da condição crônica, como cérebro, rins, olhos, coração e vasos sanguíneos.
“A pressão arterial elevada, com o tempo, promove uma sobrecarga nos vasos sanguíneos que afetam esses órgãos, podendo ocasionar complicações como acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência renal, comprometimento ocular, infarto e doença arterial periférica”, exemplifica o gestor.
Segundo Phamela, além de informações básicas, como fatores de risco e dados epidemiológicos da hipertensão, os participantes do curso serão orientados para o monitoramento e prevenção de complicações decorrentes da condição, como sinais clínicos, exames para rastreio e detecção de doenças, estratégias para evitar a progressão dos agravos e orientação para encaminhamento a especialista.
Educação continuada
Voltado a médicos e enfermeiros, o curso “Hipertensão e complicações crônicas: monitoramento e proteção de órgãos-alvo na APS” prevê atingir 200 profissionais, dos cinco Distritos de Saúde da Semsa.
O curso é conduzido pela chefe do Núcleo de Doenças Circulatórias e Diabetes, enfermeira Phamela Costa, ao lado dos médicos de Família e Comunidade, Fabíola Kelly Santos e Wagner Elisiario Monteiro, que se revezam à frente das turmas dos distritos Sul e Leste, e Norte, Oeste e Rural, respectivamente.
A capacitação compreende quatro módulos, focando as temáticas “Hipertensão na APS: introdução, epidemiologia e dados de mortalidade”, “Monitoramento do coração e cérebro”, “Proteção renal – Nefroproteção na APS” e “Saúde ocular – Abordagem na APS”.
A primeira turma da capacitação ocorreu no dia 24/3, reunindo equipes do Disa Sul, no auditório da faculdade Martha Falcão – Wyden, no bairro Adrianópolis. Após a turma desta sexta-feira, com servidores do Disa Norte, as próximas turmas vão reunir equipes do Oeste e Rural, no dia 11/4, no auditório do Disa Oeste, no bairro da Paz; e do Leste, no dia 16/4, na USF Agnaldo Gomes da Costa, no São José Operário.
Condição crônica
A hipertensão arterial, conforme Phamela, é uma condição crônica caracterizada pela pressão arterial elevada, em nível igual ou superior a 140 por 90 mm/Hg. Associada a fatores de risco genético e comportamental, como má alimentação, sedentarismo, obesidade e tabagismo, ela inicia geralmente sem sinais ou sintomas, na maioria dos casos, desenvolvendo-se ao longo da vida da pessoa.
“Isso faz com que a hipertensão seja mais transmitida em idosos, mas ela pode ser bloqueada também em pessoas mais jovens, segundo a exposição aos fatores de risco”, aponta o gestor.
A prevenção da hipertensão e suas complicações, bem como o tratamento dessa condição, envolvem uma mudança mental, com a adoção de hábitos de vida mais saudáveis.
“Isso inclui, entre outras coisas, ter uma alimentação mais equilibrada, com ingestão maior de frutas e verduras e menor de gordura saturada, praticar atividades físicas regularmente, manter uma boa hidratação e evitar o consumo de álcool em excesso e o uso de tabaco”, conclui.
