Qualquer análise que se faça sobre a bela vitória por 4 x 0 da Seleção Brasileira na noite de terça-feira (1º/2) precisa levar em conta a qualidade do adversário. O Paraguai é o penúltimo colocado das Eliminatórias Sul-Americanas, com míseros nove gols marcados em 16 jogos, de longe, a pior marca entre os 10 times que disputam o torneio. Dito isso, a exibição demonstrada pelos comandados de Tite dá esperança de ver no Catar uma Canarinho vistosa e competitiva.

Isso se deve muito em parte à química encontrada pelo trio ofensivo formado por Vinicius Jr., Matheus Cunha e Raphinha, municiado por Phillipe Coutinho e Lucas Paquetá. Do banco, Rodrygo e Antony entraram em campo e ajudaram a enlouquecer ainda mais a frágil defesa paraguaia, com ótimas participações do volante Bruno Guimarães.

A facilidade vista no Mineirão provavelmente não deverá se repetir nos gramados do Catar, nas fases mais agudas da Copa, onde frequentemente estão os temidos europeus, pedras no sapato do Brasil nos últimos mundiais. Mas com um grupo de jovens destemidos, que vem fazendo bonito nos principais palcos do futebol mundial, até a “Neymardependência”, outro fantasma que assombrava o time de Tite, tem chances de ser exorcizado.

Com um novo grupo pedindo passagem, nomes que vinham acompanhando Adenor nesses últimos anos, como Gabriel Jesus, Gabigol, Richarlyson e Roberto Firmino, correrão perigo de ficar pelo caminho. Mas como se diz no futebol, esse é um problema que qualquer treinador gostaria de ter.

Até a próxima convocação, fica a esperança de dias melhores para a Canarinho. Que esses dias coincidam com o período de 21 de novembro a 18 de dezembro. (Metrópoles)

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