Após fazer 22 anos de existência, a Escola Superior da Magistratura do Amazonas (Esmam) passou por uma nova mudança em suas instalações e começa o mês de maio com novidades para seus alunos, professores e colaboradores da instituição. Com estas alterações, a Direção da escola espera proporcionar um ambiente mais receptivo e que ofereça melhores condições para o desenvolvimento das atividades programadas para este ano.

A mudança começou a ser feita no dia 19/4. A escola ganhou um novo espaço para a secretaria e salas de aula, mas continua funcionando no mesmo prédio – no 1º andar do Centro Administrativo Desembargador José Jesus Ferreira Lopes, prédio anexo ao edifício-sede do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), localizado na avenida André Araújo, bairro do Aleixo, zona Centro-Sul de Manaus.

O diretor da Esmam, desembargador Flávio Pascarelli, agradeceu o apoio da Presidência da Corte Estadual de Justiça e o empenho de todos os envolvidos no projeto das novas instalações da instituição. Pascarelli destacou ainda que as adaptações eram necessárias para que a escola continue oferecendo atividades de formação e aperfeiçoamento com maior qualidade ao operador do Direito, proporcionando, assim, ao cidadão a prestação jurisdicional que espera.

A secretária-geral e executiva da escola, Márcia Levi, também comentou sobre a “nova Esmam”. “Estamos com novo espaço, mais amplo e mais adequado às nossas necessidades, tanto em relação à secretaria, quanto na parte acadêmica. Voltamos a contar também com quatro salas de aula, sendo que um dos espaços terá a configuração de miniauditório”, comentou Márcia, salientando a capacidade das salas de aula – para 35 a 50 pessoas. As que possuem uma capacidade maior são voltadas para atendimento dos cursos de pós-graduação e do Preparatório à Carreira da Magistratura, uma vez que essas turmas possuem um grande número de alunos, conforme a secretária.

Novidades

Na nova secretaria, os setores foram divididos em estações de trabalho, com a finalidade de facilitar a distribuição espacial e proporcionar um melhor desenvolvimento das atividades administrativas e pedagógicas. A área total é de 89,16 metros quadrados.

A Diretoria e Coordenação de Cursos contam agora com salas individuais e a escola também ganhou uma recepção para atendimento ao público, o que antes não havia, além de uma área específica para o Arquivo, conforme a arquiteta Evelyn Guerra Xavier da Silva, coordenadora de análise estrutural e obras da Divisão de Engenharia do TJAM. As adequações físicas foram iniciadas no dia 4 de fevereiro e foram realizadas pela Divisão de Engenharia do TJAM, com projeto elaborado pelos arquitetos desse setor.

Mudanças

A Esmam iniciou as suas atividades em um prédio histórico localizado na Rua Simão Bolívar, no Centro de Manaus, cedido em regime de comodato pelo então governador Amazonino Armando Mendes. Em pouco tempo, a instituição ganhou visibilidade na comunidade jurídica amazonense e precisou mudar de sede, passando a funcionar, a partir de 2008, nas dependências do Fórum Ministro Henoch Reis, no bairro do Aleixo.

Em 2013, a escola ganhou nova sede, no prédio em que funciona atualmente: o Centro Administrativo Desembargador José de Jesus Ferreira Lopes. O “anexo”, como é mais conhecido, foi construído na gestão do então desembargador Ari Jorge Moutinho da Costa, que presidia a Corte Estadual de Justiça na época.

Para o servidor mais antigo da escola em atividade na escola, Joaquim Oliveira Neto, de 68 anos, carinhosamente conhecido como “papai”, a “nova sede” vai ajudar muito no desenvolvimento das atividades educacionais e, sobretudo, com as novas salas. Ele também relembrou, emocionado, a sua trajetória na Esmam, onde vem acompanhando a evolução da escola. “Cheguei para trabalhar na escola com 48 anos e estou aqui até hoje. Vim do Juizado de Menores (nome da unidade judicial à época) e tive a honra de ter sido escolhido para trabalhar na Esmam. Eu passei por todas as fases, todas as mudanças da escola até hoje e elas foram sempre positivas, sempre para melhor. Hoje também tem tecnologia, coisa que, na minha época, nem passava pela cabeça. Vivi muita coisa e ainda estou aqui, trabalhando todos os dias, enquanto os meus serviços forem necessários. E eu irei fazer com maior prazer, porque eu gosto de trabalhar e a escola é a minha vida”, declarou Joaquim, com lágrimas nos olhos. Ele atua como motorista da Esmam.

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