O grupo de jovens pesquisadores Manaus Brasil formado por alunos da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), que desde 2013 coleciona medalhas em competições internacionais, luta para captar recursos através de “vaquinha”, para disputar o próximo evento que será realizado de 9 a 13 de novembro em Boston, nos Estados Unidos.
Acompanhados do professor Spartaco Astolfi Filho, da Ufam, os estudantes estiveram na manhã desta sexta-feira (29) com o deputado Luis Castro (Rede) expondo alguns projetos de pesquisa e, em busca de ajuda para custear a participação na Competição Internacional de Máquinas Geneticamente Modificadas (iGEM).
“É animador, em meio a tantas notícias ruins, conhecer estudantes comprometidos com a pesquisa científica voltada para o benefício da sociedade, com brilhante desempenho que projeta o Amazonas internacionalmente em biotecnologia”, ressaltou Luiz Castro.
Ele assumiu o compromisso de apresentar emenda ao Orçamento Estadual, propondo a destinação de recursos para incentivar o trabalho e a participação do grupo nas competições internacionais.
Pelo menos cinco membros do grupo Manaus Brasil pretendem viajar aos Estados Unidos para defende o Amazonas em mais uma competição, organizada pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), da qual participarão equipes das universidades de Harvard, Oxford, Cambridge e de Hong Kong, dentre tantas outras.  
Na competição de 2014, os estudantes amazonenses ganharam medalha de ouro, desbancando equipes de grandes universidades do Mundo com o projeto de descontaminação dos rios por mercúrio.
Pesquisa
Utilizando bactérias geneticamente modificadas, os estudantes desenvolveram o projeto de despoluição das águas, devido ao uso indiscriminado  de mercúrio na atividade de mineração na Amazônia, que vem causando a contaminação dos peixes, do meio ambiente e toda uma cadeia alimentar, até chegar ao ser humano. 
A equipe desenvolveu um biorreator de purificação da água dos rios contaminados por mercúrio, aproveitando bactérias do tipo E.coli que  mudam de cor na presença do mercúrio e que manipuladas, também tem o poder de “sequestrar” o metal, tornando-o menos tóxico. 
As pesquisas são realizadas nos laboratórios da Ufam e da UEA e contam com o aporte financeiro da Fundação de Amparo á pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), mas devido à crise econômica, os recursos foram reduzidos.
Correndo contra o tempo para driblar as dificuldades, os estudantes buscam apoio em outras instituições, na iniciativa privada e até mesmo com uma “vaquinha”. Para contribuir acesse o e-mail [email protected].
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