Antônio Stroski, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Clima diz que Manaus vai correr para finalizar o Plano de Ação Climática

Estudo realizado pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) revelou que, das 27 capitais brasileiras, incluindo o Distrito Federal, 15 não contam com o Plano de Mudanças Climáticas. O levantamento foi feito em maio de 2024 com base em pesquisas nos sites de prefeituras e de outras instituições governamentais.

De acordo com o estudo, entre as capitais brasileiras, como Belém, Boa Vista e Porto Alegre, por exemplo, está Manaus, que lidera o ranking das 10 cidades com maior eventos climáticos, com 23 no total, seguida vem São Paulo, com 22; e Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, que somou 18 eventos.

Manaus, Belém, Vitória e Porto Alegre, segundo o Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), estão em processo de elaboração do plano.

Dados divulgados pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais apontam que, em todo 2023, foram 1.161 eventos climáticos nos 1.038 municípios monitorados pelo Cemaden.

Desse total, 716 foram ocorrências hidrológicas, como transbordamento de rios, por exemplo; outras 445 foram geológicas, como deslizamentos de terra.

O número é o maior desde que o monitoramento começou nessas áreas em 2019, e isso se deve às mudanças climáticas provocadas pelo aquecimento global e também à influência de fenômenos naturais, como La Niña e El Niño, que mudam a temperatura dos oceanos e aumentam as incidências de chuva em diferentes partes do país.

Segundo o levantamento IJSN, as 11 capitais brasileiras que têm o Plano são Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Florianópolis (SC), João Pessoa (PB), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e Terezina (PI).

De acordo com o instituto, o Plano de Mudanças Climáticas é um desafio global que está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) de número 13 da Organização das Nações Unidas (ONU) que é o de reforçar a resiliência e a capacidade de adaptação aos riscos relacionados ao clima e catástrofes naturais em todos os países.

Os eventos climáticos extremos que assustaram os brasileiros ao longo de 2023 produziram um recorde de ocorrências desastrosas em mais de mil municípios.

Tempestades cada vez mais fortes, deslizamentos que arrastam o que está pela frente; medo e insegurança para quem vive em áreas de risco.

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