
Fabíola da Costa, de 31 anos, está acamada há mais de nove meses após sofrer um mal súbito com três paradas cardíacas dentro de casa, em Orlando (EUA). Atualmente, a brasileira está em estado vegetativo e depende de cuidados 24 horas por dia do marido dela, Ubiratã Rodrigues, 41. O casal mineiro, ao lado dos três filhos, tenta retornar ao Brasil para ficar próximo dos parentes, além de receber um tratamento mais adequado e acessível.
No dia do imprevisto, Fabíola retornava para casa após passar o dia trabalhando com manicure, quando sofreu o mal súbito e foi socorrida até o hospital. Em coma, a mulher passou durante sete meses internada no hospital. Entretanto, o marido alegou negligência da instituição e que a unidade não disponibilizava os serviços adequados.
“Quando eu cheguei no hospital, encontrei todos os aparelhos de monitoramento desligados. Além dos custos (nos EUA), a necessidade de ter que voltar é grande. Aqui não temos ajuda de ninguém, nenhum parente para nos auxiliar com o trabalho de três filhos que temos”. “O hospital dificultou, falaram que ela não tem direito à fisioterapia, a fonoaudiólogo. Mesmo assim, ela está se recuperando”, complementou.
Em maio, Ubiratã, caminhoneiro, decidiu levá-la para casa, em Orlando. O rapaz montou uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) improvisada dentro de casa, com cama equipada, além de alguns aparelhos necessários para auxiliar na recuperação.
Desde a internação, ele teve que abandonar as estradas e gastou todo o dinheiro que tinha no tratamento. Apesar das dificuldades financeiras e emocionais, Ubiratã afirma que Fabíola está estável e o corpo tem reagido, abrindo os olhos e realizando outros movimentos. No dia 14 deste mês, ela completa 32 anos.
“Não dá mais. Eu me sinto muito cansado e exausto. Ao longo desses 9 meses, eu tenho sido pai, mãe, enfermeira, cozinheira, dentre outras atividades”, ressalta o caminhoneiro.
Desejo de voltar para casa
Atualmente, a família vive de doações e tem uma vaquinha com o propósito de arrecadar dinheiro para voltar para o Brasil. No entanto, esbarram em um empecilhoL não é possível viajar em voo comercial, uma vez que ela está em estado vegetativo.
Para vir ao Brasil, a mineira só pode viajar em uma UTI aérea, com equipe médica especializada e estrutura de suporte intensivo para receber tratamento contínuo durante o voo. Ao solicitar ajuda para o consulado brasileiro, o Itamaraty apresentou as opções de voo, com custos de até 200 mil dólares – convertidos para real, a quantia supera R$ 1 milhão.
“Esta é a única opção que encontrei para que, no Brasil, Fabíola tenha um home care e tratamento com fonoaudiólogos e fisioterapeutas, porque aqui não temos esse suporte, além de estarmos perto da família”, disse.
A família tenta arrecadar o dinheiro com uma vaquinha, para realizar o voo dos EUA até Juiz de Fora (MG), onde os parentes de Fabíola moram. Quem estiver interessado em ajudar, basta seguir o link: https://www.vakinha.com.br/vaquinha/ajude-fabiola-a-voltar-pra-casa-ajuda-para-uti-aerea
Com informações de Metrópoles










