Alvo de um mandado de prisão por suspeita de tráfico de menores durante o seu mandato (2006-2019), o ex-presidente boliviano Evo Morales afirmou ser vítima de uma “justiça parcializada”, “servil” e “tendenciosa” ao governo Luis Arce, de quem o ex-governante foi parceiro, mas não estão aliados atualmente.
“Denuncio ao mundo que me perseguem e me condenam em tempo recorde, uma ‘Justiça’ parcializada e servil ao governo de Arce, que tem todo o Órgão Judicial dominado”, publicou Morales no X.
O ex-presidente continuou. “Aqueles que me acusam são os verdadeiros autores do tráfico, mas ninguém se atreve a iniciar um processo contra eles porque o regime de terror que governa o nosso país os ameaça. Eles não conseguiram provar um crime e inventaram outro. Juízes e promotores não respeitam o devido processo ou a presunção de inocência, conforme ordenado pela Constituição”, escreveu.
“Não administram a justiça com neutralidade, mas com slogans políticos. Esta ‘justiça’ atua como nos tempos da inquisição: sem provas, mas com convicções subjetivas.”
O presidente Luis Arce deixou o Movimento ao Socialismo (MAS), o partido com o qual ganhou a eleição presidencial de 2020. Em 2025, Morales pode ser o candidato do MAS.