O advogado que representava a mulher de 26 anos que acusa Neymar de estupro rescindiu o contrato com a cliente alegando que ela mentiu. Segundo José Edgard da Cunha Bueno Filho, do escritório Fernandes e Abreu Advogados, a relação sexual entre o atacante da seleção brasileira e a mulher foi consensual e ela havia relatado aos advogados que sofreu uma agressão, mas não mencionou o crime de estupro.

O Jornal Nacional divulgou a carta de rescisão assinada pelo advogado. Nela, Bueno Filho afirma que a acusadora registrou, no dia 31 de maio, “boletim de ocorrência no qual capitulou o fato ocorrido como estupro, ou seja, alegação totalmente dissociada dos fatos descritos por você aos nossos sócios, já que sempre afirmou que a relação mantida com Neymar Jr. foi consensual”.

Em outro trecho, Bueno Filho acrescenta que a vítima relatou que durante o ato Neymar se tornou “uma pessoa violenta, agredindo-a, sendo esse fato típico central (agressão) pelo qual ele deveria responsabilizado cível e criminalmente”.

Segundo o advogado, “por raiva ou vingança”, a mulher que acusa o jogador relatou no boletim de ocorrência “fatos descritos em desacordo com a realidade manifestada aos seus patronos, ou seja, compareceu à delegacia, relatando que teria sido vítima de estupro, quando, na realidade que nos foi demonstrada e ratificada por várias vezes, teria sido vítima de agressões”.

Em entrevista ao JN, Bueno Filho disse, ainda, que foi “contra qualquer medida bombástica” e que “num momento, de forma mais dura”, sua ética profissional foi questionada. Em uma conversa, a acusadora questiona: “Por que a gente não joga logo na mídia para acabar com a carreira desse pipoqueiro logo de vez? Ele me espancou e me estuprou. Estava bêbado e drogado. Ele mesmo fala nos prints. É uma pessoa de má índole. Viciado em drogas, agressor que precisa ‘ser’ preso ou internado. Não tem condições de andar em sociedade porque é uma ameaça”.

O advogado afirma que Neymar não ficaria “impune”, mas que “uma briga dessa demora” e, por isso, estava tentando costurar um “acordo”.

O escritório Fernandes e Abreu Advogados também esclarece que houve uma reunião com representantes de Neymar na quarta-feira 29.

“Feito o primeiro contato com os representantes do agressor, por intermédio de uma reunião realizada em 29/05/2019, foi rechaçada qualquer possibilidade de acordo extrajudicial na esfera cível por parte dos representantes de Neymar Júnior, que menosprezaram o ocorrido, lamentavelmente”.

Segundo o escritório, a “alteração na verdade dos fatos” pode configurar denunciação caluniosa, crime tipificado no código penal, e “incompatível com os princípios norteadores da conduta dos membros do nosso escritório”. A nota é assinada pelos advogados Francis Ted Fernandes, José Edgard da Cunha Bueno Filho e André Castello Branco Colotto.

Também ao JN, o advogado de Neymar, Gustavo Xisto, afirmou que a reunião com os representantes da acusadora ocorreram em sua casa, em São Paulo, “em que estiveram presentes dois dos seus advogados, uma outra testemunha e o advogado que representava os interesses da suposta vítima. Na oportunidade foi solicitada uma compensação financeira (‘cala boca’) para que a suposta vítima não relatasse as alegadas agressões às Autoridades Policiais”.

O JN também divulgou um laudo médico que revela que a mulher que acusa Neymar apresentou hematomas e arranhões nos glúteos, transtorno ansioso e depressivo e traumatismos superficiais não especificados. O exame foi feito uma semana após a suposta agressão que ela teria sofrido em um encontro com o atacante do Paris Saint-Germain na capital francesa. (veja.com)

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