Bruno Roberto e Hatus foram presos em operação da Polícia Civil (Montagem: Fato Amazônico)

O personal trainer Bruno Roberto da Silva Lima, ex-namorado de Djidja Cardoso, foi preso na tarde desta sexta-feira (7) por policiais do 1° Distrito Integrado de Polícia (DIP). Junto com ele, Hatus Silveira, também ex-personal da empresária, foi detido. Bruno e Hatus prestaram depoimentos esta semana sobre a morte de Djidja Cardoso, revelando novos detalhes sobre a seita religiosa envolvida.

Hatus esteve na delegacia na terça-feira (4) e antes de falar com as autoridades, conversou com a imprensa, descrevendo o comportamento dos membros da seita e alegando que foi drogado por um familiar de Djidja sem seu consentimento.

Bruno Roberto, ex-namorado de Djidja, foi identificado como a pessoa que abandonou o carro da empresária na Boulevard Álvaro Maia. O veículo foi apreendido e encaminhado para perícia pelo delegado Cícero Túlio.

Relembre o Caso

Djidja Cardoso foi encontrada morta no dia 28 do mês passado em sua casa na Cidade Nova, Zona Norte de Manaus. A Polícia Civil suspeita que a causa do falecimento tenha sido uma overdose, após descobrir que a mãe e o irmão de Djidja lideravam uma seita religiosa onde se praticava o uso de drogas.

Segundo as investigações, o grupo era comandado pela mãe e pelo irmão de Djidja, que acreditavam ser Maria e Jesus Cristo, respectivamente. Djidja, a ex-sinhazinha do Boi Garantido, seria Maria Madalena. O grupo utilizava cetamina ou ketamina, um potente anestésico proibido no Brasil, para alcançar a evolução espiritual.

O grupo estava sob vigilância há 40 dias. Agentes afirmam que Djidja possuía uma grande quantidade da substância no corpo quando faleceu. Há suspeitas de que ela também fazia parte do esquema, além de outros três funcionários da família, todos presos.

As investigações revelaram que algumas vítimas da seita foram submetidas a violência sexual e aborto. “Ao longo das investigações, tomamos conhecimento de que Ademar também foi responsável pelo aborto de uma ex-companheira sua, que era obrigada a usar a droga e sofria abuso sexual quando estava fora de si. A partir desse ponto, as diligências se intensificaram e identificamos uma clínica veterinária que fornecia medicamentos altamente perigosos para o grupo religioso”, alegou o delegado responsável pelo caso, Cícero Túlio.

Operação Mandrágora

A repercussão da morte de Djidja Cardoso culminou na Operação Mandrágora, adiantada para prender os suspeitos. Os familiares de Djidja planejavam fugir com as drogas em uma mochila quando foram abordados, na última quinta-feira (30/5).

A polícia continua as investigações para esclarecer todos os detalhes e identificar possíveis novas vítimas do grupo. A prisão de Bruno Roberto e Hatus Silveira é mais um passo para a elucidação completa do caso.

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