O escritório de advocacia Tuma & Torres Associados, com sede em Manaus, está formalizando uma ação na Justiça contra a Caixa Econômica Federal (CEF) pedindo indenização por danos morais.

O corpo jurídico foi procurado por dois funcionários do banco estatal que relataram terem sofrido assédio moral do ex-presidente da Caixa, Pedro Guimarães, durante atividades dele em Manaus, em 2020 e em 2022. Eles só tiveram coragem de denunciar após verem a repercussão nacional de outros casos semelhantes.

Um dos funcionários, que tem nove anos de CEF e é concursado, relatou que a primeira situação aconteceu em outubro de 2020, em uma edição do chamado ‘Caixa Mais Brasil’. O programa acontece em todo o País e leva executivos da empresa para visitar municípios e conhecer a realidade de beneficiados pelo banco, seja com auxílio emergencial ou outros produtos.

“Foi em uma pousada em Manacapuru. Era um jantar para funcionários escolhidos para estarem ali. Chegamos às 19h e ele chegou às 22h30. Quando chegaram os pratos ele pediu para não comermos e disse para a garçonete trazer a surpresa – sempre da forma efusiva que ele fala. A gente achava que era algum prêmio, mas era uma tigela de pimenta vermelha pisada. Ele pegava uma concha e ensopava cada prato com a porção de pimenta em cima da proteína, para todos”, contou.

Eles ainda contam que em fevereiro deste ano, no município de Codajás, a 230 quilômetros de Manaus, Pedro Guimarães obrigou funcionários da Caixas a carregar sacas de açaí para fazer fotos. As fotos estão postadas no Instagram do próprio ex-presidente, no dia 16 de fevereiro de 2022.

https://www.brasil247.com/brasil/no-amazonas-ex-presidente-da-caixa-obrigou-funcionarios-a-comerem-pimenta-e-carregar-sacas-de-acai

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