O recém formado Gabinete de ministros do novo líder do Paquistão, Imran Khan, proibiu nesta segunda-feira de sair do país o ex-primeiro-ministro Nawaz Sharif e sua filha Maryam caso sejam libertados após sua condenação por corrupção.

O Gabinete, em uma das suas primeiras medidas, decidiu incluir os nomes de Sharif e de sua filha na Lista de Controle de Saída (ECL, na sigla em inglês), um sistema de controle de fronteiras do governo do Paquistão que impede a saída o país, afirmou durante uma entrevista coletiva o ministro de Informação, Fawad Chaudhry.

Segundo Chaudhry, o Gabinete também mandou os Ministérios de Justiça e de Interior aplicarem as ordens de detenção contra dois filhos do ex-primeiro-ministro, Hassan e Hussain, que foram declarados foragidos e estão envolvidos em três casos de corrupção pela propriedade de apartamentos e várias empresas no exterior.

A medida chega no mesmo dia no qual o Tribunal Superior de Islamabad anunciou que tomou uma decisão em relação ao recurso apresentado por Sharif e Maryam contra suas penas, explicou à Agência Efe um porta-voz da corte, Asif Iqbal.

No entanto, o Tribunal Superior ainda não anunciou a data em que tornará público o veredicto.

Khan, que assumiu o cargo no sábado, liderou em 2016 os protestos no Paquistão após a aparição dos Panama Papers, que revelaram que três dos quatro filhos do então primeiro-ministro Sharif tinham propriedades em Londres adquiridas de forma pouco clara.

O Tribunal Supremo começou então uma investigação que desencadeou a inabilitação de Sharif em julho de 2017 como primeiro-ministro.

Um ano depois, um tribunal anticorrupção condenou Sharif e Maryam a dez e sete anos de prisão, respectivamente, por ocultação de bens e, uma semana depois, em 13 de julho, pai e filha foram detidos em sua chegada ao Paquistão voltando de Londres. (EFE)

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