
O Exército Brasileiro ampliou a presença militar na Amazônia Ocidental com a deflagração de quatro operações simultâneas dentro da Operação Ágata Curaretinga. As ações, concentradas em áreas de fronteira nos estados do Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima, resultaram em um impacto estimado de R$ 8 milhões contra atividades ilegais como tráfico de drogas, contrabando, garimpo clandestino e crimes ambientais.
Sob a coordenação do Comando Militar da Amazônia (CMA), as operações ocorreram ao longo do mês de março e contaram com a atuação integrada de órgãos de segurança pública e fiscalização ambiental. Foram apreendidos entorpecentes — incluindo maconha, skunk e pasta base de cocaína — armamentos, munições, equipamentos usados na extração ilegal de madeira, escavadeiras, motores, combustíveis e veículos. Suspeitos detidos durante as ações foram encaminhados às autoridades competentes nas regiões onde ocorreram as operações.
As ofensivas partiram de bases estratégicas sediadas em São Gabriel da Cachoeira (AM), Tefé (AM), Boa Vista (RR) e Porto Velho (RO), onde estão localizadas as Brigadas de Infantaria de Selva que integram o CMA. Os militares também atuaram de forma incisiva em áreas de fronteira com a Colômbia, reforçando o papel dos Pelotões Especiais de Fronteira (PEFs) no enfrentamento direto ao narcotráfico e ao tráfico de armas.
A Operação Ágata Curaretinga está amparada na legislação que rege a atuação das Forças Armadas em ações subsidiárias e de Garantia da Lei e da Ordem, com o objetivo de proteger a soberania nacional, garantir a presença do Estado em áreas remotas e combater práticas ilegais que comprometem a segurança e o meio ambiente na região amazônica.
A iniciativa também reforça a importância da cooperação entre instituições brasileiras e países vizinhos no enfrentamento ao crime organizado que atua nas faixas de fronteira. Para o Exército, as operações desempenham um papel essencial não apenas na defesa do território, mas também na preservação dos recursos naturais e da paz na região.