O Exército divulgou um comunicado à tropa hoje para informar que o general Gustavo Henrique Dutra de Menezes será dispensado da função. Ele era comandante militar do Planalto, responsável pelas forças militares durante os atos golpistas de 8 de janeiro. Além dele, outros seis comandantes foram substituídos.
O general do Exército Achilles Furlan Neto que em setembro de 2021 assumiu o Comando Militar da Amazônia (CMA), será substituído pelo general Ricardo Costa Neves.
Agora comandante da Amazônia, o general Ricardo Augusto Ferreira Costa Neves estava no Comando Militar do Norte (CMN), desde agosto de 2022.
Entre outras funções, general Costa Neves foi comandante da 17ª Brigada de Infantaria de Selva e comandante de uma das mais prestigiadas instituições de ensino das Forças Armadas, a Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN).
Em 2020, assumiu o posto de comandante das tropas da ONU na República Democrática do Congo. Além disso. O general também foi Observador Militar na Missão de Verificação da ONU em Angola, de 1995 a 1996, durante a guerra civil naquele país.
Mudanças
O Exército também substituiu seis dos sete comandos regionais da força. Somente o Comando Militar do Leste, no Rio de Janeiro, não trocou o seu comandante. Os quartéis-generais que terão novos chefes a partir deste 16 de fevereiro são os seguintes:
Comando Militar do Planalto – sai general Gustavo Henrique Dutra de Menezes; entra Ricardo Carmona;
Comando Militar da Amazônia (CMA) – sai general Achilles Furlan; entra general Ricardo Costa Neves;
Comando Militar do Norte (CMN) – sai general Ricardo Costa Neves; entra general Guilherme Pinheiro;
Comando Militar do Nordeste (CMNE) – sai general Richard Nunes; entra general Kleber Vasconcelos;
Comando Militar do Oeste (CMO) – sai general Anísio David; entra general Luiz Baganha;
Comando Militar do Sudeste (CMSE) – sai general Pedro Montenegro (interino); entra general Guido Amin;
Comando Militar do Sul – sai general Fernando Soares; entra Hertz Pires.
As trocas foram publicadas hoje, mas há passagens de comando que acontecem no fim de março e, por conta disso, esses oficiais só vão assumir em abril.
Justiça militar
Como o UOL noticiou Ministério Público Militar e o comando do Exército aumentaram o número de investigações sobre a suposta participação de integrantes das Forças Armadas nos atos golpistas de 8 de janeiro, que deixaram as sedes dos três Poderes vandalizadas.
Três das 17 apurações são inquéritos militares, tocados pelo Exército. As outras estão no âmbito da Procuradoria-Geral da Justiça Militar.
Um dos principais alvos das investigações na PGJM é justamente a atuação do CMP (Comando Militar do Planalto), que era chefiado pelo general Gustavo Dutra de Menezes. A divisão é responsável pela segurança do Palácio do Planalto e é alvo de desconfiança por parte do governo. Lula já havia pedido ao atual comandante do Exército, general Tomás Paiva, a saída de Dutra do Planalto.











