A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) prendeu Matheus da Silva Mineiro, conhecido como “Mateus 3D”, suspeito de assassinar o enfermeiro Daniel Solart Nunes, de 28 anos. Segundo a investigação, o crime ocorreu na manhã de sexta-feira (8), por volta das 6h, após uma discussão supostamente motivada por acusações de maus-tratos que Daniel teria praticado contra sua ex-namorada.

Conforme o delegado Ricardo Cunha, da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), Mateus confrontou Daniel na saída de uma casa noturna no bairro Adrianópolis, Zona Centro-Sul de Manaus, questionando-o sobre a relação conturbada com a ex-companheira, que incluía registros de Boletins de Ocorrência. Durante a discussão, Daniel teria questionado o envolvimento de Mateus na situação, o que resultou em um disparo fatal contra o tórax da vítima.

Prisão do suspeito

Após identificar o suspeito, a Polícia Civil conseguiu um mandado de prisão e localizou Mateus em Presidente Médici, Rondônia. Agentes da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) o prenderam em um ônibus enquanto ele tentava se deslocar para outro destino. Mateus agora está sob custódia, aguardando audiência judicial e responderá por homicídio.

Família contesta versão e revela ameaças

A família de Daniel Solart apresentou uma versão diferente dos fatos, negando qualquer relacionamento entre a vítima e a mulher mencionada na acusação. Em entrevista à imprensa, Daniela Solart, mãe de Daniel afirmou que ele vinha sendo perseguido por um homem chamado “Zarolho,” que estaria o ameaçando. “Dias antes de ele morrer, meu filho falou esse nome,” declarou, emocionada.

“Peço justiça pela mandante, teve alguém que mandou sim [matar o enfermeiro]. Quem puxou o gatilho está aí [preso], a polícia já pegou…Existe uma culpada, e essa culpada eu não quero que fique impune. Eu peço justiça, justiça”, declarou a mãe, afirmando que seu filho não mantinha relações amorosas com a suposta ex-namorada e que o vínculo era inexistente. Segundo ela, a mulher não teria aceitado o término e, movida por ciúmes, teria planejado a morte de Daniel. “Quantos enfermeiros vão ter que morrer por causa de uma mulher maluca que não aceita o fim do relacionamento?”, questionou Daniela.

A esposa de Daniel, Jaqueline da Costa, também confirmou que o enfermeiro relatou estar recebendo ameaças antes de sua morte. A família expressou revolta com o rótulo de “enfermeiro do tráfico” divulgado por alguns veículos de comunicação, afirmando que Daniel era um profissional dedicado, conhecido pela assistência prestada durante a pandemia. “Meu filho era enfermeiro e fez um juramento de atender a todos,” disse o pai, destacando o compromisso do filho com a profissão.

A Polícia Civil segue investigando o caso, enquanto a família de Daniel Solart clama por justiça e a correta apuração dos fatos para honrar a memória do enfermeiro.

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