Familiares de reféns ainda mantidos em Gaza em protesto na quarta-feira na passagem de Kerem Shalom, no sul de Israel, para impedir entrada de ajuda humanitária no enclave palestino — Foto: Reprodução

Pelo segundo dia consecutivo, familiares dos reféns ainda mantidos na Faixa de Gaza protestaram na passagem de Kerem Shalom, aprovada em dezembro como entrada “temporária” de ajuda humanitária ao enclave palestino, visando impedir a passagem dos comboios até que os cativos fossem libertados. O protesto desta quinta-feira ocorre três dias após parentes dos reféns terem invadido uma sessão do Parlamento, em Jerusalém, um sinal do endurecimento das manifestações.

Fotos da travessia mostraram um pequeno grupo de manifestantes segurando cartazes com rostos das vítimas. O Fórum de Famílias de Reféns e Pessoas Desaparecidas, grupo que representa os familiares dos israelenses sequestrados e levados para Gaza durante o ataque terrorista do Hamas, em 7 de outubro, disse que o objetivo do protesto desta manhã era “interromper a ajuda ao Hamas até que todos os reféns voltassem [para casa]”.

— Os nossos soldados estão lutando em Gaza e estamos fornecendo suprimentos ao Hamas — disse Danny Elgarat, cujo irmão de 69 anos, Itzik, foi sequestrado da sua casa no Kibutz Nir Oz.

Elgrata, que participou dos protestos de quarta-feira, afirmou à televisão israelense que “simplesmente não é aceitável que os soldados se coloquem em risco lutando em Gaza, e os terroristas que eles combatem recebam de nós combustível e alimentos”. Ele também alegou que os combatentes do Hamas roubam suprimentos humanitários que chegam ao enclave e que os civis recebem apenas “as sobras”, uma informação comumente partilhada em Israel, mas que foi negada por autoridades do grupo.

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