Durante instalação da Comissão de Cultura, na Câmara dos Deputados, na quarta-feira (15/3), o deputado federal e pastor evangélico Marco Feliciano (PL) atacou a ministra da Cultura, Margareth Menezes. Em sua fala, o parlamentar disse não saber como se referir à ministra.
Ao lado do ex-secretário especial da Cultura Mario Frias, o religioso teceu críticas à esquerda e ao governo eleito. Em seguida, o pastor fez insinuações sobre a identidade de gênero da ministra.
Veja o momento:
Feliciano ironiza ministra da Cultura: “Pode ser chamada de mulher?” https://t.co/BEEWh1p9eX via @Fato Amazônico pic.twitter.com/7qvOHu696H
— Fato Amazônico (@fatoamazonico) March 17, 2023
“A ministra vem aqui… A ministra ou ministro, não sei quem é. É ministra ou ministro? Quero saber o que ela é. Eu sei que é uma mulher, mas não sei se pode chamar de mulher ou não, por isso estou aqui falando”, disse Feliciano.
Em seguida, ele é advertido pela deputada federal Lídice da Mata (PSB-BA). “A ministra tem nome, deputado, é a ministra Margareth Menezes do meu estado e estou aqui para defendê-la. Nós não vamos aceitar esse tipo de colocação”, repreendeu.
Nas redes sociais, o Ministério da Igualdade Racial defendeu Margareth: “No mês em que apresentamos um ação de combate à violência política de gênero e raça, a ministra Margareth Menezes é vítima de um ataque racista, misógino e de reflexos transfóbicos, proferido por deputado”, disse a pasta presidida por Anielle Franco.
É necessário que haja uma apuração célere para a quebra de decoro parlamentar e que seja responsabilizado. Imunidade parlamentar não pode abrigar atos de violência política. O país que acreditamos é o do respeito.
— Ministério da Igualdade Racial 🇧🇷 (@igualracial_gov) March 17, 2023
