O deputado federal Marco Feliciano (Podemos-SP), que passou a ser cotado como possível candidato a vice de Jair Bolsonaro em 2022, mede as palavras ao comentar a hipótese para a campanha à reeleição que o presidente prematuramente se lançou. Mas não a descarta. “Estou à disposição do presidente para o que ele precisar”, disse em entrevista ao diretor de redação de VEJA, Mauricio Lima, no programa Páginas Amarelas.

Feliciano, entretanto, não economiza nas críticas que faz ao general Hamilton Mourão, atual vice-presidente da República e contra quem o parlamentar já apresentou um pedido de impeachment. “O presidente do partido dele [Levy Fidelix, do PRTB] disse que queria criar dentro do parlamento a base do Mourão. Só uma pessoa muito neófita para não entender que isso é o prenúncio de um golpe”, afirmou o deputado.

Ao comentar a possibilidade de Bolsonaro indicar seu filho Eduardo, deputado federal por São Paulo, ao cargo de embaixador do Brasil em Washington, o parlamentar também defendeu a iniciativa do presidente. Segundo seu raciocínio, a relação com o presidente Donald Trump o qualifica para o chefiar a principal representação diplomática brasileira. “Nós não podemos jogar esse ganho político no lixo por conta de mimizentos.”

O parlamentar ainda considera que os governadores e prefeitos, de modo geral, não contribuíram com a aprovação da reforma da Previdência, cuja votação bem sucedida ele reputa, em primeiro lugar, a Bolsonaro e ao papel desempenhado por Rodrigo Maia, presidente da Câmara. “Todo mundo quer uma reforma, mas eu não vi governador falar para o seu deputado ‘vai lá e vota’. Com raríssimas exceções, eu vi lá no Congresso o Ronaldo Caiado [de Goiás] e mais um ou dois governadores”, disse. (veja.com)

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