Jurandir Wellington Pacífico, discordou das conclusões da Polícia Civil da Bahia

Jurandir Wellington Pacífico, filho da ialorixá Mãe Bernadete, contestou as conclusões do inquérito da Polícia Civil da Bahia sobre o assassinato de sua mãe, ocorrido em agosto deste ano, informa o portal A Tarde. A líder quilombola foi brutalmente morta no Quilombo Pitanga dos Palmares, em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador.

A investigação policial, concluída recentemente, apontou que Mãe Bernadete foi morta a mando de um líder do tráfico de drogas local. A delegada Andréa Ribeiro, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), afirmou durante uma coletiva de imprensa que a líder quilombola pagou com a vida devido à sua forte liderança em prol dos interesses da comunidade.

Contudo, Jurandir Wellington Pacífico discorda dessa conclusão. Em declarações ao Portal A Tarde nesta sexta-feira, 17 de novembro, Pacífico afirmou que os suspeitos denunciados ao Ministério Público, todos vinculados ao tráfico de drogas local, não teriam motivação própria para o assassinato. Ele alega que eles foram “pagos para executar Mãe Bernadete”.

“O modus operandi condena isso. Os rapazes entraram aqui, colocaram meus dois sobrinhos dentro do quarto e executaram apenas minha mãe. Isso não tem nenhuma característica de tráfico de drogas. O cara foi pago para executar Mãe Bernadete. Isso merece uma investigação mais apurada e a família crê que o crime foi de mando e que o tráfico só fez o que foi pago para fazer”, declarou Pacífico.
As autoridades concluíram que Mãe Bernadete era uma líder legítima na comunidade, com uma liderança forte em prol dos interesses dos quilombolas. A motivação do crime teria sido a contraposição de sua liderança aos interesses do tráfico na região.

O Ministério Público da Bahia já apresentou denúncia contra cinco pessoas suspeitas de envolvimento no crime, acusando-as de homicídio triplamente qualificado. As acusações incluem motivação vil, emprego de arma de fogo e execução sem oportunidade de defesa para a vítima.

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