Em 16 de junho de 2019, o corpo do pastor Anderson do Carmo foi encontrado pela sua família na garagem de casa, em Niterói (RJ), morto com mais de 30 tiros. Desde então, o assassinato virou uma enorme – e confusa – trama, que mistura política, religião e sexo. O que não falta, nesta novela da vida real, são suspeitos, que vão da esposa de Anderson do Carmo, a deputada federal Flordelis (PSD-RJ), a vários filhos, biológicos e adotados, do casal.
Em entrevista, Flordelis, hoje uma das rés pelo assassinato do pastor, apontada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro como mandante do crime, voltou a afirmar que não foi a responsável pela morte do marido, disse não acreditar que terá seu mandato cassado e chegou a prever que, caso entre na disputa para a reeleição em 2022, terá “ainda mais votos do que em 2018”.
“Eu acredito nas pessoas. E eu acredito que eu vou ganhar sim [nas eleições de 2022], e com muitos mais votos do que tive antes. Pois existem muitas pessoas que não são conduzidas pela mídia. Quem me fez deputada federal foi Deus, e quem está me dando forças para continuar é Deus. E eu serei eleita. Estão tentando que eu não venha [candidata], porque, se eu vier, terei muitos mais votos do que tive”, garante.
Em entrevista ao jornalista Tácio Lorran, Flordelis abriu o coração e, com a voz embargada, afirmou que, mesmo afastada do Partido Social Democrático (PSD), recebe apoio dos colegas de sigla. A parlamentar disse não acreditar na cassação de seu mandato e garante que entende o motivo de ter sido afastada da legenda:
“O PSD não está esperando minha condenação, o PSD está acompanhando os fatos. E eu só fui afastada pois estávamos em um ano político e, infelizmente, a minha história estava prejudicando outros candidatos do meu partido. Mas eu nunca perdi o apoio do meu partido, isso é uma mentira. O meu líder, André de Paula, sempre foi meu amigo, quando voltei ao parlamento fui abraçada pelos meus amigos do PSD. Houve apenas um afastamento. E se eu vier, não sei se será pelo PSD, mas entendo, posso não aceitar, mas entendo o meu afastamento”.