Foto: Ibama

A Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) inicia nesta segunda-feira (16) uma operação de apoio emergencial nos estados do Acre, Amazonas e Rondônia, regiões severamente impactadas pelas queimadas. A ação atende a uma solicitação do Ministério da Saúde e tem como objetivo avaliar a situação nas áreas mais afetadas e fornecer suporte aos gestores estaduais e municipais para minimizar os impactos na saúde da população.

Apoio em três frentes principais

De acordo com o Ministério da Saúde, o apoio da Força Nacional do SUS será realizado em três níveis:

  1. Organização e reforço da rede assistencial: As equipes se concentrarão na reestruturação e fortalecimento dos serviços de saúde, em especial nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Essas unidades são fundamentais para atender a maioria dos casos decorrentes das queimadas, como doenças respiratórias provocadas pela inalação de fumaça.
  2. Criação de pontos de hidratação: Em um segundo momento, o foco será a ampliação da oferta de recursos, como a instalação de pontos de hidratação para as comunidades atingidas, garantindo o acesso à água potável, essencial em situações de alta exposição à poluição do ar.
  3. Montagem de estruturas emergenciais: Caso a situação se agrave e a capacidade dos serviços de saúde locais seja superada, serão implementadas estruturas maiores, como hospitais de campanha, para garantir o atendimento à população. No entanto, o ministério ressaltou que este não é o cenário atual, sendo uma medida preventiva.

Monitoramento contínuo

Desde julho deste ano, o Ministério da Saúde mantém ativa a Sala de Situação Nacional de Emergência Climática em Saúde, que envolve a participação de representantes de estados, municípios, Distrito Federal e instituições ligadas à saúde e meio ambiente. A sala de situação permite um monitoramento constante das regiões afetadas, garantindo que as respostas sejam rápidas e adequadas às necessidades locais.

Além disso, o Ministério da Saúde está em parceria com programas de vigilância ambiental, como o VigiAr, responsável pelo monitoramento da qualidade do ar, e o VigiÁgua, que supervisiona a qualidade da água e colabora com outros órgãos para assegurar o fornecimento de água potável nas regiões impactadas.

Orientações para a população e profissionais de saúde

Entre as principais ações, o Ministério da Saúde também emitiu orientações para a população e profissionais da saúde sobre como lidar com os efeitos das queimadas. Os profissionais de saúde ambiental receberam recomendações específicas para monitorar e proteger a saúde dos brigadistas florestais, que estão na linha de frente do combate ao fogo.

Essa mobilização é um reflexo do compromisso do Ministério da Saúde em mitigar os impactos das queimadas na saúde pública, protegendo principalmente as populações mais vulneráveis.

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