Foto: Guilherme Leporace

Durante uma entrevista neste domingo, a primeira-ministra francesa, Élisabeth Borne, afirmou que o tabaco significa 75 mil mortes por ano, além de ser um grande desafio à saúde pública. Segundo a dirigente, o governo “apresentará em breve um novo plano nacional de combate ao tabagismo, com a proibição dos cigarros eletrônicos descartáveis ​​por causarem maus hábitos aos jovens”.

Estes aparelhos, de sabor açucarado ou frutado e embalagens de cores vivas que lembram doces, são vendidos a um preço modesto, entre 8 e 12 euros (cerca de 42 e 63 reais) por 500 baforadas. Eles levantaram preocupações porque são especialmente atraentes para os adolescentes, apesar da venda ser proibida a menores.

Vários países europeus, como Alemanha, Bélgica e Irlanda, já proibiram os cigarros eletrônicos de uso único, que chegaram a França no final de 2021 e cujas tragadas podem ter uma concentração de nicotina entre 0 e 20 mg/ml.

— Podem nos dizer que não é nicotina. Mas é um reflexo, um gesto a que os jovens se habituam. E depois é assim que passam a fumar e isso tem de ser interrompido — defende Borne em entrevista à rádio francesa RTL.

Além de não serem higiênicos, os cigarros eletrônicos descartáveis ​​também apresentam um desafio ambiental, pois são feitos de plástico e contêm bateria de lítio não reciclável.

Problemas respiratórios

Segundo um estudo feito pelo Center for Tobacco Research do The Ohio State University Comprehensive Cancer Center e da Southern California Keck School of Medicine, ambos dos Estados Unidos, apenas 30 dias de consumo dos chamados vapes podem gerar problemas respiratórios severos, mesmo em pessoas com boas condições de saúde e pouca idade, público que mais consome esse tipo de produto.

Usuários de cigarros eletrônicos há 30 dias tiveram um risco 81% maior de apresentar um sintoma chamado chiado. Para esse grupo, também foi demostrado um risco 78% maior de sentir falta de ar e um risco 50% maior de apresentar sintomas de bronquite.

Com informações de: O Globo

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