A Frente Parlamentar em Defesa dos Povos Indígenas da Câmara não tomará a defesa dos índios Tenharim da região de Humaitá, no Sul do Amazonas, se for comprovada a responsabilidade deles no desaparecimento do professor Steff Pinheiro de Souza, o representante comercial Luciano Ferreira Freire e o funcionário da Eletrobrás Amazonas Energia Aldeney Ribeiro Salvador, que desapareceram na Transamazônica, quando passavam de carro pela reserva indígena no dia 16 de dezembro do ano passado. A afirmação é do presidente da frente indigenista, deputado Padre Ton (PT-RO).

De acordo com o parlamentar, a frente parlamentar vai esperar as investigações para que possa emitir uma posição concreta sobre o caso. "Aqueles que erram vão ter que responder pelas consequências", disse.

O desaparecimento desencadeou uma onda de protestos de moradores, que incendiaram a sede da Fundação Nacional do Índio e da Fundação Nacional de Saúde, em Humaitá. Também foram queimados 13 carros, 3 motos e um barco da Funai, usado para levar mantimentos às aldeias da região.

Os três moradores desapareceram dias depois que o cacique Ivan Tenharim foi encontrado morto na Transamazônica. Os índios dizem que ele foi atropelado, mas a polícia afirma que ele sofreu um acidente de moto na estrada.

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