Gabriel Medina monta nova equipe em busca do tetra

Foto: Ed Sloane / WSL

Maior campeão brasileiro da Liga Mundial de Surfe, com três títulos mundiais (2014, 2018 e 2021), Gabriel Medina mudou a estratégia para ampliar esse número em 2023. Para a nova temporada da WSL, que estreia neste domingo em Pipeline, no Havaí, Medina montou uma equipe multidisciplinar e fez a pré-temporada em Saquarema, no Rio de Janeiro, com foco no preparo físico e mental.

Em 2022, Medina participou apenas de três etapas das 11 disputadas. Fora em boa parte do campeonato para priorizar a saúde mental, o paulista de 29 anos retornou na Indonésia, mas logo na sequência uma lesão no joelho, sofrida em Saquarema, tirou o tricampeão do resto da temporada. Agora recuperado, Gabriel destaca os ensinamentos após ano difícil.

– Eu aprendi a me entender um pouco melhor e respeitar o meu tempo. Na real, foi muito difícil eu ter ficado fora das competições, que foi algo que eu fazia desde meus 14 anos de idade, assim, que eu viajava a vera, não parava quieto. E foi o ano que me afastei, decidi tomar um tempo para mim. Eu me cuidei, tentei voltar ali no meio para as competições. Aí tive uma lesão, depois voltei a competir num campeonato inferior, que é o WQS, que foi aqui em Saquarema, né, a gente saiu com a vitória. Então isso me deu um ânimo, assim, e depois disso que comecei a voltar à rotina de treinamento, de ter um objetivo – revelou com exclusividade ao ge durante semana que ficou no Centro de treinamento da CBV, em Saquarema.

O morador de Maresias, no litoral paulista, mudou de ares no segundo semestre e fixou residência temporária no Rio de Janeiro. Contratou Jorge Bichara, atual diretor técnico da CBV, como seu coordenador técnico pessoal para montar uma equipe multidisciplinar com fisioterapeuta, preparador físico, médico do esporte, nutricionista e psicóloga. Tudo para ter apoio completo ao longo do ano.

– Resolvi investir no meu preparo físico porque eu estou com quase trinta anos, então agora é o momento de cuidar ainda mais do corpo. E no surfe a gente precisa muito do nosso corpo. E quanto melhor e mais avançado eu estiver, eu vou ter vantagem. Hoje no circuito, ninguém faz isso, eu acho. E eu tenho o meu preparador físico, meu nutricionista, psicólogo, o meu treinador dentro da água. E tem sido demais, eu sinto muita diferença. Eu nunca tive essa estrutura, e hoje eu estou podendo ter, e me sinto mais preparado não só dentro do surfe – disse.

Com Ge
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