Gilmar Mendes, Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), é entrevistado pelo colunista Paulo Cappelli e a repórter Manoela Alcântara no estúdio Metrópoles - Foto: KEBEC NOGUEIRA/ METRÓPOLES @kebecfotografo

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes afirmou que o Brasil teria se transformado em um “pântano institucional” se não fosse a atuação do ministro Alexandre de Moraes.

A declaração foi feita durante evento da Esfera Brasil, em Brasília. Gilmar ressaltou que os brasileiros devem muito a Moraes pela condução de temas sensíveis nos últimos anos. O ministro do STF foi alvo de sanções com base na Lei Magnitsky, aplicadas pelo presidente norte-americano Donald Trump.

“Não há qualquer isolamento [de Moraes em relação a outros ministros]. Tenho muito orgulho de tê-lo como colega. Já disse isso várias vezes: o Brasil teria se tornado um pântano institucional não fosse a ação de Moraes. O país deve muito à atuação dele durante todo esse período — da pandemia de covid, do TSE, com todas essas questões como as fake news. É um trabalho desafiador”, declarou Gilmar.

Nenhum desconforto

Gilmar Mendes afirmou que Moraes Moraes conta com todo o apoio e confiança dos colegas de Corte após as sanções impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

“Certamente, seria inadmissível que nós, nas nossas pretensões comerciais, aceitássemos mudanças de entendimento da Suprema Corte americana. Isso seria impensável. Da mesma forma, isso também se aplica ao Brasil”, afirmou Gilmar. “Nenhum desconforto [entre os ministros]. O Alexandre de Moraes tem toda a nossa confiança e o nosso apoio”, ponderou o magistrado.

Gilmar afirmou que considera as chamadas guerras tarifárias “normais”, mas ponderou que não vê com prudência o uso de tarifas como instrumento para forçar mudanças institucionais — como avalia ter ocorrido nas medidas aplicadas por Trump ao Brasil. “Eu tenho a impressão de que crises entre países, por conta de tarifas — as guerras tarifárias — são, de quando em vez, normais. Por isso até se constituiu a OMC, para dirimir essas dúvidas”, afirmou.

Com informações de Metrópoles

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