A Câmara dos Deputados viveu uma tarde de tensão nesta terça-feira (9/12), quando o deputado Glauber Braga (Psol-RJ) foi retirado à força da Mesa Diretora por agentes da Polícia Legislativa, após se recusar a deixar o local durante um protesto. Pouco antes, o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), havia determinado o esvaziamento completo do plenário, incluindo a retirada dos profissionais da imprensa, o que interrompeu a cobertura jornalística da sessão.

Glauber ocupou a cadeira da presidência em ato de resistência e criticou o tratamento recebido.

“A única coisa que eu pedi ao Hugo Motta foi que ele tivesse comigo 1% do tratamento que teve com aqueles deputados que sequestraram a Mesa Diretora da Câmara”, afirmou, fazendo referência aos parlamentares bolsonaristas que, em agosto, ocuparam o plenário em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Vídeos gravados de dentro do plenário mostram Glauber sendo retirado pelos policiais, resistindo à ação. Parlamentares da oposição protestam, enquanto outros registram o tumulto com celulares. A ordem de Motta para esvaziar o ambiente, que também impediu o acesso da imprensa, gerou acusações de censura e falta de transparência.

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