Clisia Lima era casada com Edson Cardoso, principal suspeito do crime, há cerca de 3 anos; o casal estava morando em São Paulo há dois meses (Foto: Reprodução do Instagram)

O Governo do Amazonas garantiu o translado do corpo de Clisia Lima da Silva, de 35 anos, encontrada morta no Rio Jaguari, em Piracaia, São Paulo, na última quarta-feira (30). Clisia, que havia saído de Manacapuru para viver em Bragança Paulista com o esposo, foi vítima de um crime investigado como feminicídio. O caso é acompanhado pela Procuradoria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa do Amazonas.

Nesta sexta-feira (1), a mãe da vítima, Maria Lúcia Lima, e outros familiares foram recebidos pela deputada estadual Alessandra Campelo, que intermediou o apoio do Governo do Estado. Campelo, junto à equipe técnica da rede estadual de proteção à mulher, acionou o governador Wilson Lima, que assegurou o auxílio necessário para o translado do corpo. A família havia iniciado uma vaquinha online para arrecadar R$ 15 mil para os custos, mas o governo assumiu a responsabilidade pelo transporte.

A deputada Alessandra Campelo informou que o escritório de representação do Amazonas em São Paulo está cuidando dos trâmites burocráticos para a liberação do corpo.

Segundo Carla Lima, irmã de Clisia que está em São Paulo acompanhando o processo, o corpo será encaminhado para a Funerária Almir Neves, no Centro de Manaus, onde será velado. A liberação pelo Instituto Médico Legal de Bragança Paulista está prevista para a manhã deste sábado (2), com transporte para Manaus em seguida.

Suspeito do Crime é Preso

O engenheiro mecânico Edson Cardoso Fernando Sales, de 36 anos, esposo de Clisia, foi preso como principal suspeito do crime. Ele foi detido em Extrema, Minas Gerais, na última quinta-feira (31), e teve sua prisão preventiva decretada pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Piracaia. Após a prisão, Edson foi conduzido ao Plantão da Polícia Civil, onde permanece à disposição das autoridades.

Carla Lima informou que Edson e Clisia eram casados há três anos e haviam se mudado para São Paulo há cerca de dois meses.

Edson chegou a ser questionado pelos familiares sobre o desaparecimento de Clisia desde a noite de segunda-feira (28), mas afirmou que não sabia de seu paradeiro. A família confirmou que Edson é agressivo e muito ciumento.

Amazonense é encontrada morta com mãos e pés amarrados em rio de SP; família organiza vaquinha para traslado do corpo

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