Isaac Maia e Emerson Martins/Sepror

Mais de 1,7 mil piscicultores no Amazonas foram beneficiados em 2024, com entregas de pós-larvas e alevinos, e realizações de cursos de capacitações, visitas técnicas, regularização ambiental, monitoramento sanitário e dias de campo da piscicultura. As ações foram executadas pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror).

De acordo com o secretário da Sepror, Daniel Borges, o investimento nas espécies nativas como o tambaqui e a pirapitinga, aplicando práticas de manejo responsável, vai promover a segurança alimentar, além de gerar emprego e renda para as comunidades do interior do estado.

“Podemos transformar a piscicultura em um dos pilares da nossa economia, preservando ao mesmo tempo a rica biodiversidade do nosso estado. Com isso, estamos investindo cada vez mais na atividade, entregando insumos, profissionalizando o setor, e apresentando novos métodos e tecnologias para fortalecer e incentivar os piscicultores”, afirma Daniel Borges.

Alevinos

Foram entregues mais de 1,4 milhões de alevinos e 1,8 milhões de pós-larvas para 22 municípios do estado, que possuem potencial produtivo na atividade da piscicultura. Aproximadamente 1,2 mil piscicultores foram beneficiados.

Os insumos são oriundos do Centro de Tecnologia, Produção e Conservação de Recursos Pesqueiros (CTPC), situado no Distrito de Balbina, em Presidente Figueiredo (a 117 quilômetros de Manaus), referência na reprodução artificial de espécies nativas da Amazônia (tambaqui, matrinxã e pirapitinga), e em pesquisas voltadas para aquicultura e pesca.

Segundo o secretário Executivo-Adjunto de Pesca e Aquicultura da Sepror, Alessandro Cohen, a meta é ampliar a atividade da piscicultura em 2025, para mais municípios do estado, realizando a entrega de insumos, e proporcionando todo o acompanhamento desde a produção até a comercialização.

“Fomentar a atividade da piscicultura é uma das determinações do governador Wilson Lima, para que o Amazonas se torne autossuficiente na produção de pescado, com a finalidade de abastecer as mesas das famílias amazonenses e para exportações futuras”, ressalta Cohen.

Capacitações e visitas técnicas

Em cinco municípios foram realizados sete cursos de capacitações em “Boas Práticas de Manejo e Gestão da Piscicultura”, ao todo foram beneficiados 141 piscicultores. Para acompanhar o desenvolvimento da produção, foram realizadas visitas técnicas em propriedades de seis municípios. O objetivo é profissionalizar o setor, para que os piscicultores desenvolvam um pescado de qualidade e de forma sustentável.

“Além de receber os alevinos de tambaqui do Governo do Amazonas, a Sepror, juntamente com o Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável (Idam), realiza todo o acompanhamento da minha produção, muitas vezes vendo meu pescado nas feiras da Agência de Desenvolvimento Sustentável (ADS) e anualmente na Semana Santa. Isso é maravilhoso, só tenho a agradecer”, finaliza o piscicultor Wellington Moraes, de Presidente Figueiredo.

Também foram realizadas 26 ações de apoio à estatística pesqueira em três municípios, visando ter embasamento quanto à produção de pescado; 69 ações de apoio à regularização ambiental em nove municípios; 37 ações de monitoramento sanitário em quatro municípios, buscando observar e monitorar a sanidade dos peixes distribuídos pelo CTPC; e quatro ações de Dia de Campo da Piscicultura, com a participação de 200 piscicultores. No total, soma-se 1.725 piscicultores atendidos em 23 municípios.

Os municípios atendidos são: Amaturá, Autazes, Benjamin Constant, Boa Vista do Ramos, Borba, Coari, Codajás, Careiro, Eirunepé, Envira, Itamarati, Itacoatiara, Iranduba, São Gabriel da Cachoeira, Santa Isabel do Rio Negro, Maués, Manacapuru, Novo Airão, Novo Aripuanã, Rio Preto da Eva, Presidente Figueiredo, Tapauá e Manaus.

Com informações de Agência Amazonas.

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