Diante dos impactos causados pelas fortes chuvas que atingiram Manaus na última terça-feira (04/03), o Governo do Amazonas organizou uma força-tarefa para prestar assistência a 103 famílias afetadas, com prioridade para a comunidade da Sharp, localizada no bairro Armando Mendes, uma das áreas atendidas pelo Programa Social e Ambiental de Manaus e Interior (Prosamin+).
A ação emergencial conta com a participação de diversos órgãos estaduais, incluindo a Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE), a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Social (Sedurb), a Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), a Superintendência de Habitação (Suhab), a Defesa Civil do Amazonas e a Secretaria de Estado de Assistência Social (Seas). O objetivo é garantir apoio humanitário, abrigo temporário e encaminhamentos para soluções habitacionais.
Durante a tempestade, 39 famílias foram acolhidas na Escola Estadual Rui Barbosa Lima, no bairro Armando Mendes, enquanto outras 64 receberam suporte ao longo da quarta-feira (05/03). Para garantir assistência adequada, a Seas mobilizou uma equipe de 20 técnicos, que atuaram na distribuição de refeições e na triagem das necessidades das famílias. Além disso, a Suhab e a UGPE trabalharam na identificação das famílias impactadas, priorizando aquelas já cadastradas no Prosamin+ para agilizar o reassentamento.
“Nosso foco é dar prioridade às famílias já cadastradas para que possam receber o mais rápido possível uma solução definitiva de moradia. Estamos identificando e avaliando os moradores da área de intervenção do programa para garantir esse atendimento”, explicou Petrônio Gato, engenheiro da UGPE.
A Defesa Civil do Amazonas atuou no transporte das famílias desabrigadas para residências de parentes, além de distribuir cestas básicas, kits de higiene e limpeza. Equipes também foram enviadas para realizar vistorias técnicas nos imóveis atingidos, avaliando os danos e priorizando o atendimento a famílias em situação de maior vulnerabilidade.
Apoio e monitoramento contínuo
A Sejusc ficou responsável pelo levantamento de prioridades entre os atingidos, com atenção especial a crianças, idosos, pessoas com deficiência e gestantes. Além disso, ofereceu serviços de cidadania para aqueles que perderam documentos e auxiliou na realocação de famílias que precisaram deixar suas casas.
“Nossa missão é garantir acolhimento para quem não tem para onde ir e fornecer apoio logístico para aqueles que têm familiares para os quais possam se deslocar. Estamos comprometidos em atender integralmente essas famílias neste momento difícil”, afirmou Gabriela Campezatto, secretária executiva de Direitos Humanos da Sejusc.
Monitoramento e operações de resgate
Desde o início das chuvas, o Corpo de Bombeiros do Amazonas (CBMAM) e a Defesa Civil têm monitorado os pontos críticos da cidade. Ao todo, foram registradas cerca de 190 ocorrências, com 68 resgates de pessoas isoladas pelas enchentes. As equipes permanecem em alerta para atender novos chamados e evitar tragédias em áreas de risco.
A Defesa Civil continua acompanhando as previsões meteorológicas e os possíveis riscos de novos deslizamentos e inundações, mantendo a comunicação com a Defesa Civil Municipal para coordenar evacuações, se necessário. Paralelamente, a UGPE segue atuando junto às famílias impactadas dentro da área de intervenção do Prosamin+.
Desde 2019, o Governo do Amazonas já reassentou 1.322 famílias de regiões sujeitas a alagamentos, incluindo as comunidades da Sharp, na zona leste, e Manaus 2000, na zona sul. Ainda restam aproximadamente 1.000 famílias a serem reassentadas, e o processo segue conforme o avanço das obras do programa.
Com uma ação integrada e coordenada, o Governo do Amazonas reforça seu compromisso em garantir assistência rápida e eficaz às famílias afetadas, minimizando os impactos das chuvas e oferecendo soluções habitacionais seguras para a população.
